Cultivo de juvenis de cavalos-marinhos Hippocampus reidi usando uma pasta da microalga Nannochloropsis oculata produzida por floculação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SALES, Rafael de Oliveira Jaime
Orientador(a): SANTOS, Lília Pereira de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13937
Resumo: A produção de alimento-vivo representa grande parte dos custos de produção em empreendimentos de aquicultura, as microalgas contribuem com cerca de 30 a 40% desse custo. Uma alternativa para diminuir os custos é o uso de pastas de microalgas em substituição à produção destas na própria fazenda. Muito embora estas pastas são caras e de difícil aquisição, limitando seu uso. O presente estudo propõe uma nova metodologia para produzir a pasta da microalga Nannochloropsis oculata. A pasta foi produzida por floculação adicionando NaOH e o floculante FLOPAM FO4800SH, e armazenada em geladeira a +4º C por quatro semanas. Foi avaliada a capacidade da pasta em manter sua composição bioquímica (proteínas e carboidratos) e a porcentagem de células vivas, taxa de crescimento (k) e densidade celular máxima (DCM) da pasta recém produzida e na 4ª semana de armazenamento. Posteriormente, cultivou-se juvenis de cavalo-marinho Hippocampus reidi, recém-nascidos até 15 dias em três tratamentos adicionando a pasta da microalga produzida por floculação (PF), microalga viva (MV), e uma pasta comercial (PC). Os juvenis foram alimentados com prole do copépode Tisbe biminiensis e artêmia recém eclodida do 2º ao 5º dia. A partir do 6º dia foi ofertado prole de copépode e artêmia enriquecida (24h). Avaliou-se o desempenho dos cavalos-marinhos (sobrevivência, altura, comprimento total, peso seco e taxa de ingestão). A concentração de proteínas se manteve constante, já a concentração de carboidratos diminuiu na quarta semana de armazenamento. Além disso, 100% das células permaneceram vivas e se reproduzindo até a quarta semana, não havendo também diferença dos valores de k e de DCM entre as semanas de armazenamento. A taxa de sobrevivência, a taxa de ingestão e o peso seco não variaram de forma significativa entre os tratamentos. A altura e o comprimento total dos juvenis no tratamento PF foram iguais ao MV e maiores que o PC. A pasta floculada pode ser armazenada por pelo menos quatro semanas e utilizada como substituto à microalga viva e também apresentou eficiência semelhante à pasta comercial.