Educando para castidade: um olhar da igreja católica sobre a educação sexual nos anos 30 (séc. XX)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Santos Marones Costa, Bruno
Orientador(a): Henrique Albert Brayner, Flávio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4523
Resumo: O presente trabalho tem como principal objetivo analisar a visão da Igreja Católica sobre a educação sexual de crianças e adolescentes durante a década de 1930 e como esse novo discurso repercutiu no Estado de Pernambuco. Para que pudéssemos adentrar em parte da história da educação sexual no Brasil, recorremos, principalmente, a análise de fontes primárias do período em questão: desde manuais de educação sexual até jornais e revistas que tiveram ampla circulação na época. Utilizamos o terceiro decênio do século vinte, por tratarse de um momento extremamente conturbado na história político-religiosa do Brasil, já que naquele momento a militância católica buscava incessantemente recatolizar a sociedade brasileira. Para tanto, fazia-se necessário a formação de uma juventude cristã, virtuosa e ciente dos seus deveres perante a Igreja. Segundo alguns setores da comunidade eclesiástica, a construção desse sujeito virtuoso encontrava-se atrelada a uma educação sexual baseada nos preceitos católicos, ou seja, uma educação para castidade. A amplitude dessas idéias alcançou grande parte dos Estados brasileiros, incluindo o de Pernambuco. Porém, depois de analisar a documentação encontrada, foi possível constatar que apesar da Igreja ter aberto espaço para uma discussão mais ampla em torno da educação sexual de crianças e adolescentes, o tema sexualidade, sob muitos aspéctos, continuava a ser visto como um tabu