As (re)configurações do Corpo Sexuado na ficção de Jeanette Winterson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Cecília Acioli Lima, Ana
Orientador(a): Gerhard Mike Walter, Roland
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7299
Resumo: Sabendo que as mulheres se situam tanto dentro como fora da ordem hegemônica do discurso dentro, como objetos do desejo masculino, mas fora dos lugares de enunciação, decidi estudar os romances da escritora inglesa contemporânea, Jeanette Winterson, porque observo como a autora cria espaços onde os sujeitos e suas identidades são des-naturalizados e posicionam-se em diferentes lugares de enunciação, de maneira a construir, ao longo das narrativas, uma diversidade de posições de sujeito que desequilibram as identidades de gênero estanques e estereotipadas. Winterson rompe com as construções cristalizadas de identidades de gênero, para as quais encena múltiplas possibilidades, através de estratégias narrativas que subvertem antigas certezas acerca da nossa percepção da realidade e de uma essência determinante de gênero. Considerando, também, que as teorias críticas contemporâneas têm desmontado crenças arraigadas acerca da verdade, realidade, conhecimento e identidades, pretendo investigar como esse desmantelamento se efetua na narrativa de ficção de Jeanette Winterson. Meu interesse central é o de verificar como as críticas feministas recentes de uma identidade feminina fixa e naturalizada da Mulher como um construto ideológico e as teorias de Judith Butler sobre sexo/gênero como efeitos de realidade, a partir de uma repetição de normas (performatividade), que viabiliza o sujeito e constitui as condições temporais para as suas possibilidades limitadas encontram soluções ficcionais nas narrativas de Winterson, notadamente The Passion (1987), Sexing the Cherry (1989), The Poetics of Sex (1998) e The.Powerbook (2000), sob a perspectiva do conceito de narrativa defendido por Sally Robinson como todo discurso que se propõe a construir histórias e identidades, desafiando as fronteiras de gênero, subjetividade e conhecimento