Utilização de isótopos de C, O e N como ferramenta para Avaliar a dieta e habitat de mamíferos pleistocênicos do Semiárido dos Estados de Alagoas e Pernambuco, nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: OMENA, Érica Cavalcante
Orientador(a): SIAL, Alcides Nobrega
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16195
Resumo: Informações biogeoquímicas extraídas do esmalte de dentes têm se mostrado uma importante ferramenta na investigação da paleoecologia de organismos extintos nas últimas décadas. Isótopos estáveis tradicionais (C, O, N e S) servem como proxies para diferentes parâmetros ecológicos (e.g. dieta, temperatura, nível trófico) que auxiliam em reconstruções de ambientes pretéritos. δ13C em bioapatita e em colágeno dos ossos de mamíferos estão relacionados à dieta e são utilizados na reconstituição de preferências e disponibilidade de recursos alimentares. Amostras de esmalte dentário e ossos dos mamíferos pleistocênicos Toxodon sp., Eremotherium laurillardi, Hippidion sp., Xenorhinotherium bahiense, Notiomastodon platensis e cervídeo do Semiárido dos Estados de Alagoas e Pernambuco tiveram suas razões de isótopos de carbono, oxigênio e nitrogênio avaliados com o objetivo de inferir suas paleodietas e parâmetros ecológicos que permitam uma reconstituição do paleoambiente. Os dados indicam que a maioria das espécies tinham uma alimentação composta por vegetação mista, com plantas C3 e C4 em ambas as regiões. Cervídio, X. bahiense e Hippidion se alimentavam predominantemente de C3. Estes resultados indicam um ambiente com vegetação mista com predominância de plantas do tipo C4, que são típicas de ambientes secos com baixa disponibilidade de água no solo, sugerindo que a vegetação destas regiões era similar à atual caatinga. As análises de δ13Corg e δ15N mostraram que o colágeno não resistiu à diagênese, exceto por uma amostra de E. laurillardi, que corrobora com uma alimentação mista com predominância de plantas C4.