Minha agência é a sua casa! : uma etnografia do sistema alternativo de viagens e turismo da Região Metropolitana do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Eduardo da Silva Leal, Rosana
Orientador(a): Wilfried Schröder, Peter
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/560
Resumo: Esta pesquisa busca analisar, sob o ponto de vista antropológico, as lógicas sociais e simbólicas que envolvem as práticas alternativas de viagens e turismo da Região Metropolitana do Recife. Para tanto, focaliza o processo de elaboração, comercialização e consumo dos trajetos, considerando ainda os procedimentos operacionais, as trocas econômicas, os vínculos sociais e as experiências de viagem. O método etnográfico foi utilizado como principal instrumento de pesquisa, possibilitando acessar provedores, usuários, redes sociais, formas de divulgação e tipos de deslocamento. A etnografia foi desenvolvida durante o acompanhamento dos grupos, transformando os ônibus e meios de hospedagem em principais espaços para a observação participante e entrevistas. No decorrer do trabalho buscamos desenvolver reflexões teóricas acerca do papel econômico e sociocultural das viagens e do turismo no Ocidente, partindo do pressuposto que tais práticas são capazes de evidenciar estilos de vida, habitus de classe e modos de consumo, tornando-se um importante campo para se analisar a sociedade. Diante dos dados empíricos, percebemos que o sistema alternativo analisado representa um contraponto à racionalidade neoliberal da indústria do turismo, apresentando-se como forma de resistência à lógica da hospitalidade mercantil. Trata-se de um campo de ação social que promove, quase sem ser notado, um processo silencioso de democratização de viagens, refletindo formas de trabalho, lazer e sociabilidade