Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Edirlan Cardim dos |
Orientador(a): |
ROSA FILHO, José Souto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39041
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Resumo: |
A presente tese foi estruturada em quatro capítulos, que descrevem a distribuição vertical, colonização e sucessão da macrofauna bêntica em costões rochosos tropicais do sul da Bahia (Brasil). As amostras foram coletadas nos costões rochosos na Praia da Concha (14°16’29.90’’S, 38°59’11.26’’O); Praia da Costa (14°17’23”S, 38°59’04”W); Praia da Tiririca (14°17’12”S, 38°59’06”W); e no Morro de Pernambuco (14°48’21.65’’S, 39°01’26.22’’O), durante a maré de sizígia. Cinco transectos foram estabelecidos na zona entremarés, do limite superior com influencia da maré alta até o inicio do infralitoral, nos costões da Costa, Tiririca e Morro de Pernambuco. Ao longo dos transectos fotos digitais foram tomadas, a cada 50 cm, sobre quadrados de 50 x 50 cm. O percentual de cobertura da superfície foi estimada usando o software CPCe 4.1, com 50 pontos aleatórios para cada imagem. Nos costões da Costa e da Tiririca, em cada quadrado, foi raspada com o auxílio de espátula uma área de 10 x 10 cm (a posição do quadrado foi definida aleatoriamente por sorteio) para a estimativa da densidade Echinolittorina lineolata. Além disso, foi realizado experimentos nos costões da Concha e do Morro de Pernambuco. Na zona entremarés (mediolitoral médio e mediolitoral inferior) destes costões foram implantados dois tipos de unidades artificiais (cinco por zona), placas de Polyvinyl chloride (PVC – zona média) e grama artificial de polietileno (zona inferior) na forma de quadrados de 10 x 10 cm, que permaneceram no campo por 30, 60 e 180 dias, durante 12 meses (novembro de 2018 a outubro de 2019). Foram observadas 5 zonas em cada costão: desnuda, Chthamalus, Brachidontes, Chthamalus/Algas e Algas. A heterogeneidade na estrutura do habitat contribuiu para a atuação de diferentes fatores físicos em pequena escala, influenciando direta ou indiretamente a distribuição da comunidade. O padrão de colonização da macrofauna bêntica apresentou evidente variação na abundância e riqueza temporal e espacialmente. A influência do tempo de estabelecimento de facilitadores ou inibidores e os efeitos da heterogeneidade do habitat, foram preponderantes para a colonização e para o domínio de determinados grupos de organismos nas comunidades. Os padrões sucessionais, compreendendo a abundância e estrutura das comunidades foram significativamente distintos espacial e temporalmente. No mediolitoral inferior as variações foram mais acentuadas nas duas escalas de observação, pois além da abundância e estrutura da comunidade, foram registradas significativas variações na riqueza. A densidade de E. lineolata variou significativamente entre zonas, mas não entre costões. A distribuição de E. lineolata reflete o tipo e posição de substrato e a extensão das zonas, quando o substrato é biogênico. Em costões rochosos com mesmo grau de exposição, a heterogeneidade local nas características do habitat pode influenciar a distribuição, colonização e sucessão da comunidade bentônica. Considerando que a ocorrência da maioria das espécies foi registrada em todos costões é provável que esteja ocorrendo conectividade funcional entre esses sistemas, e a distância e a presença dos estuários entre os costões podem não está sendo uma barreira natural para fluxo desses organismos. |