A construção da imagem do professor de educação física pelo exército brasileiro : do ethos militar ao agir pedagógico na Revista de Educação Física (1932-1959)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Educacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45587 |
Resumo: | Muito se escreveu sobre os processos e as práticas da Educação Física no Brasil do século XX enquanto fenômenos históricos, percebendo-a sob o ponto de vista situacional e balizada no saber higienista e na ação militarista. Contudo, são encontradas poucas produções voltadas a analisar a construção imaginária do professor de Educação Física seguindo o horizonte discursivo e o potencial (in)formativo de um material de grande relevância histórica, como foi a Revista de Educação Física. Diante da perspectiva de reconstruir uma interpretação da realidade a partir dos modos de ser, de pensar e de fazer dos discursos estratégicos proferidos pelas “vozes” representativas do Exército, visualizando a produção de (novos) sentidos e significados a partir das transformações resultantes de saberes, racionalidades e sensibilidades formativas e pedagógicas, o objetivo desta tese foi analisar a(s) forma(s) que os discursos apresentados pelo projeto educacional militar e encontrados na Revista de Educação Física entre os anos de 1932 e 1959 contribuíram para a construção de uma determinada imagem do professor de Educação Física escolar. Para isso, lançou-se mão da pesquisa documental sob o método historiográfico, partindo para a construção de uma narrativa revisionista baseada nos conceitos de “operação historiográfica” e de “história como ficção” (CERTEAU, 1982) e na perspectiva da Análise do Discurso (MAINGUENEAU, 2011; ORLANDI, 2003), tendo nas iniciativas, estratégias e práticas de representação relacionadas aos processos de identificação e (re)significação da imagem docente o ponto principal de análise. Percebeu-se que, à medida que o Exército, no seu projeto de modernização e de agência “educadora da Pátria”, buscava se afirmar como instituição “autorizada” a construir sentidos e significados para a Educação Física, estabelecia um perfil docente a partir do ethos militar e das intencionalidades do seu agir pedagógico na escola. Todavia, esse vir-a-ser professor seria resultante de representações discursivas apoiadas na situação histórico-social, na ideologia e em modos estratégicos que se mostravam persuasivos e autoritários, determinando, desse jeito, a presença de dispositivos de poder para a constituição de um modelo a ser perpetuado em outras instâncias formadoras. |