Dinâmica da população do siri Callinectes danae (Crustacea: Portunidae) no canal de Santa Cruz/PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Mendes, Renata Akemi Shinozaki
Orientador(a): Lessa, Rosângela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12051
Resumo: A maior abundância de siris (Família Portunidae) no Canal de Santa Cruz/PE/ Brasil, ocorreu no período seco. Dentre as cinco espécies que ocorreram no Canal, Callinectes danae Smith, 1869 foi a mais abundante, sendo sua ocorrência influenciada pela altura da maré e pela salinidade. As fêmeas de C. danae realizaram cinco mudas no período bentônico, enquanto que os machos realizaram seis, sendo essas mudas influenciadas pela temperatura e salinidade. Quando mantida em cativeiro, essa espécie manteve o número de ecdises, porém, atingiu tamanhos menores. Ambos os sexos cresceram segundo o modelo de von Bertalanffy. Os machos atingiram tamanhos maiores e apresentaram uma longevidade menor que as fêmeas. Ao longo do crescimento, tanto os machos quanto as fêmeas apresentaram diferentes formas geométricas da região dorsal e ventral do cefalotórax, sendo a mais notória, a variação do formato do abdômen. O tamanho da largura do cefalotórax de primeira maturação dos machos foi de 8,99 cm e das fêmeas, de 7,16 cm. As fêmeas copularam uma única vez na vida, durante a muda puberal. Elas iniciaram o desenvolvimento gonadal de forma sincrônica à ecdise e apresentaram um ciclo reprodutivo sazonal, com pico entre novembro e dezembro. As fêmeas realizaram migração para regiões mais salinas do estuário, próximo ao mar, e realizaram desovas múltiplas vezes, apresentando uma alta fecundidade. Já os machos, após atingirem a maturidade das gônadas, puderam copular com diversas fêmeas e estiveram sempre prontos à cópula. Os indivíduos se deslocaram ao longo do canal para realizarem o ciclo reprodutivo, e as fêmeas adultas, após chegarem às águas mais salinas, não retornaram ao estuário. A mortalidade total dos machos foi maior do que das fêmeas, porém a taxa de exploração para ambos os sexos se encontrou dentro dos limites aceitáveis para a manutenção da população.