A produção dos saberes docentes na contingência pedagógica : necessidades formativas e a indução profissional de professores iniciantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Marcia Batista da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49279
Resumo: A pesquisa situa-se nas discussões acerca da formação de professores iniciantes. Tomamos como objeto de estudo “os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes e alimentadores da indução profissional” desenvolvido no PPGEduC/UFPE-CAA. Como questão de pesquisa: quais os saberes docentes emergentes da contingência advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes que contribuem para a indução profissional? E o objetivo geral: Analisar os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos iniciantes, que contribuem para a indução profissional. Fundamentamos para discutir os saberes docentes em Tardif (2014), Gauthier (2006), Borges (2004) e Cunha (2007); contingência pedagógica a concebemos enquanto o movimento de imprevisibilidade experienciado no contexto escolar, formação cognitiva-inventiva com Dias (2009); necessidades formativas conforme Ramalho e Núñes (2011), Bandeira (2014), Sousa, Rocha, Oliveira e Franco (2020); indução profissional em Wong (2020), Roldão (2012), Cruz, Farias e Hobold (2020); e professores iniciantes com Carlos Marcelo (1999), Mendonça (2019), Huberman (1995), Almeida, Reis, Gomboeff e André (2020) e Silva (2021). A metodologia pautou-se na abordagem qualitativa (LUDKE e ANDRÉ, 2018). Os procedimentos para a produção dos dados deram-se a partir da análise documental, do questionário via google formulário (GIL, 2008), do grupo de discussão (MEINERZ, 2011) e das sessões de intervenção (GOUVEIA, 2020). Os dados foram analisados na perspectiva da análise de conteúdo, via categorização (MORAES, 1999). Os resultados, a partir do objetivo de “identificar os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos iniciantes”, são: “o diálogo, a conscientização, o ensino com vistas à autonomia, a versatilidade em alternar materiais didáticos, o despertar a vontade de aprender por meio de estratégias pessoais dos professores, em que esses saberes se manifestam também através de atividades que instiguem a criatividade, a conscientização e a humanização dos estudantes”. Quanto a “descrever as necessidades formativas dos professores iniciantes”, estas são: “falta de conhecimento sobre a tecnologia, ausência de acompanhamento dos responsáveis e devolutiva de atividades, o choque de realidade com a docência, inexistência de internet e ambiente propício ao estudo, a exclusão digital e a busca de estratégias para cativar os estudantes às aulas”. E em relação a “contribuir com as proposições de ações alimentadoras da indução profissional de iniciantes no contexto da rede”, estas se expressam nas “sessões de formação que mobilizaram a retomar os elementos desafiadores de ingresso e permanência na profissão, potencializando a criticidade, reflexão, capacidade auto formativa e a reinvenção das participantes”. Diante do exposto, explicitamos a inexistência de política de indução profissional na rede para os iniciantes. Nesta ausência, estes profissionais vão alimentando, em processo solo, suas imersões na docência, sem um projeto formativo que subsidie seus fazeres, com vistas à consolidação da política de formação continuada municipal. Logo, os saberes produzidos na contingência pedagógica mostraram-se fomentadores de mobilizações para o desenvolvimento profissional, quando emergiram, enquanto respostas, ao enfretamento das necessidades formativas, bem como nutriram a expertise destes professores iniciantes.