Representação do sertanejo e a idéia de Brasil moderno em Nestor Duarte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: FRANÇA, Rogério dos Santos
Orientador(a): GUIMARÃES NETO, Regina Beatriz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7897
Resumo: Este trabalho tem como objetivo estudar a obra de Nestor Duarte produzida entre os anos 1930 e 1940, fundamentalmente em dois aspectos: sua representação da figura do sertanejo e sua proposta de modernização nacional. Partindo da análise de sua produção intelectual e de sua atuação política no referido período, tentamos demonstrar o vínculo entre estes dois aspectos de sua obra e qual o sentido que tal vínculo assumia no referido contexto. Neste sentido, nos parece que a representação que Duarte opera dos sertanejos adquire uma dupla intenção: produzi-los tanto como signo de uma pretendida nacionalidade quanto como sujeitos situados às margens da história, atrasados , numa palavra. Já sua proposta de modernização visava justamente resolver tal questão: o devir moderno da nação se passa pela colocação destes sertanejos na linha da história. O que tentamos demonstrar é como o discurso sertanista de Nestor Duarte trabalha numa ambivalência que tanto afirma quanto nega os sertanejos . Da mesma forma, tentamos por em relevo como sua proposta de modernização nacional atualiza e/ou reforça o discurso da necessidade de ser moderno. O que pretendemos mostrar é, em dada medida, a ligação entre saber e poder, o problema do discurso identitário e a questionável pretensão universal dos postulados modernos (especialmente em sua dimensão política)