Entre políticas de adesão e políticas de transformação: construções e expressões de subjetivação política em jovens militantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: MENDONÇA, Erika de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18670
Resumo: Em um contexto de criminalização da juventude pobre, assistimos a oferta de projetos sociais, governamentais e não-governamentais, voltados a essa parcela da população. Propõem, entre seus objetivos, estimular a formação e participação juvenil, defendendo serem estas ações determinantes à transformação de realidades. Mas quais suas reverberações subjetivas? Ampliando a noção de participação para além dos espaços tradicionalmente reconhecidos, advogamos por um sentido de participação política que se expressa no cotidiano, promovendo ações em torno do bem comum, com respeito aos dissensos e conflitos, com reconhecimento e valorização da alteridade, manifestação de pensamento crítico e resistência a práticas instituídas e cristalizadas, o que viemos chamando de modos de subjetivação política. Através de entrevistas e da observação participante em eventos de formação política realizados com jovens lideranças de movimentos sociais que se denominavam militantes, o estudo teve como objetivo analisar modos e expressões de subjetivação política a partir da relação entre jovens, movimentos sociais e coletivos juvenis. A pesquisa revelou construções e expressões de subjetivação política que são dinâmicas, que se reconstroem frente a cenários, situações e personagens. Ainda, que tais construções se dão independente à vida militante, embora este contexto potencialize tal modo de subjetivar-se. Os modos de subjetivação política também não estão condicionados a habilidades de performances políticas, tais como oratória, retórica ou perfil de liderança, e se manifestam no cotidiano por meio de posicionamentos na direção do coletivo e também da revisão de si. O estudo revela, enfim, que os modos de subjetivação política dos jovens interlocutores tem lugar privilegiado de construção e reconstrução em espaços políticos de adesão, como o são os movimentos sociais. No entanto, é a partir de políticas de transformação assumidas na vida cotidiana que melhor se expressa a potência do sujeito político.