Justiça Restaurativa no sistema judiciário penal : uma análise das práticas circulares em varas de penas alternativas
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Direitos Humanos |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42695 |
Resumo: | No Brasil, nos deparamos com um modelo de intervenção punitivista, adotado pelo Estado, que atribui ao sistema de justiça penal a missão de processar, julgar e sentenciar a prática de ilícitos cometidos por pessoas, com foco na retribuição de uma pena. Ocorre que esse modelo se mostra ineficaz, pois vários estudos reconhecem a incapacidade do sistema de justiça criminal no Brasil (ADORNO, 2002). Agências policiais, Ministério Público, tribunais de justiça e sistema penitenciário denunciam as dificuldades de conter o crime e a violência respeitando os marcos do Estado Democrático de Direito. Tendo em vista o contexto de violações de Direitos Humanos, o STF reconheceu o estado de coisa inconstitucional da situação do sistema carcerário brasileiro através da ADPF no 347. Nas alternativas penais, no processo de execução da pena, o cenário não é diferente, entretanto, com as propostas do novo paradigma e modelo de justiça, a Justiça Restaurativa avança no Brasil. Em Pernambuco, desde 2016, o tribunal de justiça implantou um projeto de acolhimento para cumpridores de penas alternativas, seguindo os modelos de práticas restaurativas. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo geral pesquisar como as práticas restaurativas dos círculos de diálogos têm sido aplicadas no sistema penal pernambucano. Para tanto, a pesquisa foi desenvolvida a partir de abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, que contextualiza estudos sobre Justiça Restaurativa, Direito e Sistema Penal, Criminologia Crítica, Política Criminal Penitenciária e de Alternativas Penais, além de se utilizar do Manual de Gestão para Alternativas Penais com foco nas práticas de Justiça Restaurativa, criado em 2017. Como resultados, a pesquisa apontou desafios, entraves e possibilidades sobre a usabilidade no sistema de justiça criminal de práticas humanizadas, pois foi possível notar, em certa medida, o rompimento das barreiras tradicionais do sistema retributivo, percebendo uma valorização da dignidade, do respeito, da autonomia e de voluntariedade, que é dada às partes, sobretudo, ao infrator, na conscientização de sua responsabilização. |