Dano cerebral e catarata congênita em conceptos de ratas wistar submetidas à peritonite fecal autógena e resposta terapêutica a antimicrobianos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: MELO, Maria Cecília Santos Cavalcanti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17138
Resumo: Objetivo: Investigar as alterações dos encéfalos e olhos de conceptos recém-nascidos de ratas que se submeteram a peritonite fecal autógena e avaliar as respostas com a intervenção de dois esquemas terapêuticos com moxifloxacino-dexametasona e meropenem realizados durante a prenhez. Métodos: Foram incluídas, de forma aleatória, 30 ratas Wistar para acasalamento. Dessas, 15 ratas tiveram esfregaço vaginal positivo para prenhez. O experimento foi realizado em duas fases: 1. Desenvolvimento do modelo experimental: As ratas foram distribuídas em : AGrupo estudo com cinco ratas após peritonite fecal autógena com suspensão de fezes a 10 %, na dose de três ml/Kg no nono dia de prenhez, B- Grupo estudo com cinco ratas após peritonite fecal autógena com suspensão de fezes a 10 %, na dose de quatro ml/Kg no nono dia de prenhez e C- grupo de cinco ratas prenhes sem peritonite fecal autógena (controle). Após o parto, foi realizada a eutanásia e o inventário das cavidades abdominal e torácica das ratas dos grupos estudo A e B e os dados de seus conceptos. 2.Intervenção com esquemas terapêuticos: Grupo1: Duas ratas prenhes após peritonite fecal autógena com suspensão de fezes a 10 %, na dose de quatro ml/Kg no nono dia de prenhez que receberam moxifloxacino - dexametasona intraperitoneal em 48 e 72 horas e Grupo 2: Duas ratas prenhes após peritonite fecal autógena com suspensão de fezes a 10 %, na dose de quatro ml/Kg no nono dia de prenhez que receberam meropenem intravenoso em 48 e 72 horas. Após o parto, foi realizada a eutanásia e o inventário das cavidades abdominal e torácica destas e a decapitação com inspeção do crânio, da consistência dos cérebros e os olhos de todos os conceptos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande- Paraíba. P ≤ 0.05 foi usado para rejeição da hipótese de nulidade. Resultados: O modelo de peritonite fecal autógena selecionado foi o que utilizou a dose de quatro ml/Kg da suspensão de fezes a 10%. Das 15 ratas com esfregaço vaginal positivo dez estavam prenhas, sendo três no grupo A, quatro no grupo B e três no grupo C. Os cérebros dos conceptos das ratas que receberam quatro ml/kg da suspensão de fezes a 10% se mostraram, significantemente, menores e com consistência menos firme que aqueles do grupo controle, assim como, comparados com os das intervenções terapêuticas. Cataratas congênitas foram observadas em nove de 26 (34,6%) conceptos das ratas que receberam quatro ml/Kg da suspensão de fezes a 10% e não receberam intervenção terapêutica, sendo sete bilateral e dois unilateral. Nenhuma catarata congênita foi observada nos 20 recém-nascidos das ratas que receberam a combinação de moxifloxacino - dexametasona intraperitoneal. Catarata congênita foi observada em três (13.6%) dos 22 recém-nascidos das ratas que receberam meropenem intravenoso. Conclusões: Septicemia gestacional em ratas pode produzir alteração cerebral e catarata congênita nos conceptos. Com a utilização dos esquemas terapêuicos, nas ratas prenhas submetidas à peritonite fecal autógena com a dose de quatro ml/Kg da suspensão de fezes a 10%, houve menor número de casos de conceptos com alterações encefálicas e oculares.