Lectinas de origem vegetal como potenciais sinalizadores tumorais : SteLL e PgTeL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Raquel Cordeiro de
Orientador(a): FRANÇA, Elvis Joacir de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49011
Resumo: Um dos focos da Cancerologia é a busca por novos compostos, mais específicos e que consigam eliminar e sinalizar a presença de tumores. Recentemente, a busca tem se estendido para o uso de peptídeos e proteínas naturais, como as lectinas, que podem apresentar ação antitumoral. Dentre elas está a lectina SteLL, extraída das folhas da aroeira-da-praia (Schinus terebinthifolia), que tem ação antitumoral in vivo comprovada. Outra lectina com potencial de aplicação biotecnológica na Glicobiologia é a PgTeL, extraída da sarcotesta de Punica granatum (romã), a qual possui atividade antimicrobiana e não apresenta toxicidade in vivo. O objetivo desta tese foi investigar a possível aplicação das lectinas SteLL e PgTeL como sondas para sarcoma-180 in vivo, para futuras aplicações diagnósticas. Para isto, protocolos de radiomarcação de SteLL com o radionuclídeo tecnécio metaestável foram testadas, bem como a conjugação de SteLL e PgTeL a sondas ópticas denominadas de pontos quânticos (PQs). Uma vez que não foi possível reproduzir os métodos de CCD, mostrados na literatura, para a quantificação da SteLL radiomarcada, não foram realizados os ensaios in vivo com o conjugado de SteLL ao tecnécio metaestável. Os sistemas PQ-SteLL e PQ-PgTeL seguiram para as demais avaliações. Neste sentido, foram investigados a toxicidade aguda e o perfil de biodistribuição dos conjugados PQs-Lectinas in vivo.A investigação da toxicidade aguda dos sistemas indicou sua segurança biológica, de forma que não foram observados danos irreversíveis em camundongos. O estudo de biodistribuição dos sistemas mostrou captação destes pelos órgãos de metabolização e eliminação (fígado, baço e rins). PQ-SteLL mostrou maior captação pelas células de sarcoma-180, em comparação a PQs livres e PQ-PgTeL. Nossos resultados mostram que a conjugação de lectinas a PQs é uma alternativa para investigação de novos compostos sinalizadores tumorais. A conjugação de sondas como os PQs a lectinas com propriedades antitumorais levará à obtenção de mais informações in vivo acerca da afinidade de lectinas, bem como a possibilidade de reconhecer diferentes glicoformas tumorais.