Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
GOES, Enatielly Rosane |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Tereza Cristina Medeiros de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29700
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Resumo: |
A complexidade topográfica atribuída a plataformas continentais tropicais exerce uma gama de influências sobre associações de organismos bentônicos. Propôs-se, aqui, um estudo sobre a geodiversidade da plataforma continental tropical ao norte do Estado de Pernambuco, afim de espacializar, em caráter preditivo, a distribuição potencial de habitats marinhos bentônicos na região. Procurou-se estabelecer geoestatisticamente as diferenças existentes na área de estudo, resultando no mapeamento final. Foi utilizada parte da base de dados do Projeto MAI (Monitoramento Ambiental Integrado), desenvolvido entre os anos de 2006 e 2009, que possui dados batimétricos, sonográficos e sedimentológicos. Foram realizadas novas coletas para aquisição de dados sedimentológicos, nos anos de 2016 e 2017. Foram utilizados softwares para o tratamento dos dados, softwares estatísticos e outro voltado ao geoprocessamento dos bancos de dados. A extensão Benthic Terrain Modeler (BTM) para ArcGIS® 10.x também foi utilizada. Primeiramente identificou-se os grupos geométricos de relevo presentes na área de estudo. Primeiramente, 5 diferenças principais foram observadas, informando o grau de heterogeneidade da área de estudo. O Grupo A (18% da área), bastante homogêneo, sem grandes alterações ao longo do gradiente de profundidade. O Grupo B (10,5% da área), com alterações pontuais ao longo do gradiente de profundidade. No Grupo C (26,8% da área) observou-se variações ao longo do mesmo gradiente, sem a presença de feições marcantes. No Grupo E (11,2% da área) foi observado um gradiente de profundidade similar ao do Grupo A, enquanto o Grupo D (33,5% da área) é marcado pela presença de feições marcantes como recifes destacados da costa e canais. Posteriormente, o mesmo terreno foi estudado com base no Índice de Posição Batimétrica (BPI) e na slope, resultando na classificação das estruturas bentônicas existentes. Esta abordagem quantitativa mostrou que 8 classes de fundo marinho compõem o terreno da área: planícies (65% da área), depressões (11% da área), topos de afloramentos rochosos (7% da área), encostas suaves (6% da área), superfícies planas em encostas (4% da área), pináculos locais em grandes áreas planas (4% da área), encostas íngremes (3% da área) e pináculos locais em depressões (menos de 1% da área). A seguir, análises qualitativas foram realizadas entre a disposição dos sedimentos superficiais e as classes de fundo marinho encontradas. Ao final da abordagem empregada, observou-se padrões de distribuição dos sedimentos superficiais em relação as classes de fundo marinho presentes na área de estudo. Foi, então, possível estabelecer, de forma inédita, o mapeamento da distribuição potencial de habitats marinhos bentônicos para a região. Esta distribuição mostrou-se bastante heterogênea, controlada por alterações ao longo do gradiente de profundidade, com classes de fundo marinho bem diferenciadas, e que podem influenciar a ocorrência de diferentes composições de sedimentos superficiais. |