Estudo de alterações moleculares e sua relação com dados clínico-laboratoriais em pacientes adultos com leucemia mieloide aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: LIMA, Aleide Santos de Melo
Orientador(a): BEZERRA, Marcos André Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
LMA
LPA
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13089
Resumo: Marcadores moleculares, como mutações nos genes FLT3 e NPM1, são ferramentas úteis para a avaliação prognóstica de pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA) e, até o momento, não tinham sido estudadas em pacientes com LMA no Estado de Pernambuco. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo caracterizar pacientes adultos com LMA diagnosticados na Fundação HEMOPE de acordo com achados clínico-laboratoriais e as mutações nos genes FLT3 e NPM1. Foram incluídos 115 pacientes com LMA de novo (15 com leucemia promielocítica aguda (LPA) e 100 com outros subtipos LMA). As frequências das mutações FLT3/ITD, FLT3/TKD e NPM1 nos pacientes não-LPA foram de 22%, 2% e 24%, respectivamente. Nos pacientes com LPA, a frequência foi de 40% e 6,7% para as mutações FLT3/ITD e NPM1, respectivamente, não sendo diagnosticado nenhum caso com mutação FLT3/TKD. As mutações FLT3/ITD e no NPM1 foram relacionadas com alta contagem de leucócitos (p=0,021; p=0,012) e mutações no NPM1 foram mais frequentes em pacientes com mais de 60 anos (p=0,01) e no grupo de cariótipo normal (p=0,008). Não foi observada diferença nas sobrevidas global (SG) e livre de doença (SLD) e nas taxas de remissão completa (TRC) e de recaída (TR) entre os grupos com e sem mutação FLT3/ITD e no NPM1 quando avaliados os pacientes não-LPA; entretanto, pacientes LPA com mutação FLT3/ITD apresentaram menores TRC, SG e SLD. Os resultados comprovam o valor preditivo da mutação FLT3/ITD para um curso clínico desfavorável na LPA do adulto, enquanto que, para os pacientes não-LPA, as mutações FLT3/ITD e no NPM1, aparentemente, não apresentaram o mesmo impacto prognóstico.