Redes sociais virtuais como instrumentos de mobilização política: uma análise do grupo “Direitos Urbanos/Recife” no Facebook

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: CAVALCANTI, Davi Barboza
Orientador(a): FONTES, Breno Augusto Souto Maior
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17781
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar um grupo brasileiro presente nas redes sociais virtuais como organizador de mobilizações políticas. A principal pergunta a ser esclarecida aqui é: de que maneira os internautas são mobilizados pelos líderes de um grupo virtual para reivindicar o direito à cidade e para discutir política? Para a realização da pesquisa foi feito um estudo de caso do grupo Direitos Urbanos/Recife (DU) no Facebook, o qual conta com mais de 31 mil membros e é responsável por discutir e articular várias mobilizações no Recife, a exemplo do #OcupeEstelita 2014, que ocupou uma área do centro da cidade por cerca de 50 dias. A análise se utiliza de teorias dos novos movimentos sociais e de redes, aliadas a abordagens qualitativas, como a Teoria do Discurso proposta por Laclau e Mouffe. Entre os resultados obtidos destacam-se duas principais contribuições. A primeira é a tendência a qual os membros do DU têm de se relacionar com pessoas de círculos sociais parecidos, enquanto a segunda é a identificação de algumas ações dos líderes para mobilizar internautas, tais como chats internos para discutir ações estratégicas, filtragem do conteúdo publicado na página do DU no Facebook, boa relação com outros coletivos e, principalmente, a busca por um discurso único que aglomere os mais diversos atores/grupos sociais. A temática é relevante por abordar desafios contemporâneos da internet e dos novos movimentos sociais, como a Primavera Árabe, o Indignados, o Occupy Wall Street, os Ocupas, as manifestações de junho de 2013 no Brasil e os movimentos anti e pró-impeachment nacionais de 2015/2016.