O tratamento da heterogeneidade de conhecimentos dos alunos sobre a leitura e a escrita: saberes e práticas de professoras alfabetizadoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Nayanne Nayara Torres da
Orientador(a): Silva, Alexsandro da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11293
Resumo: O presente estudo buscou investigar os saberes e as práticas de professoras alfabetizadoras do 1º ano do ensino fundamental quanto ao tratamento da heterogeneidade de conhecimentos dos aprendizes sobre a leitura e a escrita. Nesse sentido, buscamos analisar os esquemas mobilizados nas práticas dessas docentes que revelavam uma atenção a esse fenômeno. Para isso, tecemos uma discussão acerca das concepções e das práticas “tradicionais” de alfabetização e de suas implicações no tratamento da heterogeneidade, como também de perspectivas “mais recentes” nessa área e de sua maneira de perceber os diferentes conhecimentos no espaço da sala de aula. Além disso, propomos uma discussão sobre os saberes e as práticas docentes. Participaram da pesquisa duas professoras do 1º ano do ensino fundamental, que lecionavam em escolas públicas municipais da cidade de Caruaru - Pernambuco, as quais serão denominadas de “Professora A” e “Professora B”. Como procedimentos metodológicos, recorremos a duas técnicas de produção de dados: observações participantes (10 dias de aulas em cada turma) e entrevistas semiestruturadas, que foram realizadas tanto no decorrer das observações, quanto ao término delas. Para analisar os dados, adotamos a análise temática de conteúdo. A análise dos dados revelou alguns saberes e práticas que atentavam para o fenômeno da heterogeneidade de conhecimentos sobre a leitura e a escrita dos aprendizes. No caso da professora A, os resultados evidenciaram o movimento que a mesma realizava para dar conta do coletivo da sala de aula, como também dos alunos que apresentavam dificuldades. Nessa direção, elencamos os monitoramentos e as interações professora-alunos como esquemas que buscavam atender ao macro da sala, e os agrupamentos, as intervenções junto aos aprendizes com dificuldades e a realização de atividades diferenciadas, ou então adaptadas, com alguns alunos, como os que pretendiam atender às crianças com dificuldades. Quanto aos saberes e práticas da professora B, que se ancoravam, principalmente, em uma perspectiva mais tradicional, a análise permitiu elencar dois esquemas que se destacaram em suas ações: as intervenções diferenciadas junto aos aprendizes que apresentavam dificuldades de leitura e escrita, que aconteciam em meio às situações de trabalho coletivo e a realização de atividades diferenciadas. Ao mobilizar esses dispositivos, essa professora também buscava atender ao macro e ao micro da sala de aula, atentando, em certa medida, para a heterogeneidade de conhecimentos dos alunos. Diante disso, foi possível perceber a multiplicidade de saberes e práticas que essas professoras têm mobilizado em seu cotidiano, assim como os tateamentos que vêm sendo testados em seu ofício diário, com vistas a estabelecer práticas de ensino que melhor se adequem ao contexto da sua sala de aula.