Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
MONTEIRO, Helena Maria Diu Raposo |
Orientador(a): |
OLIVEIRA FILHO, Pedro de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17313
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Resumo: |
O ingresso e a permanência das mulheres, principalmente as de classe média, no mercado de trabalho, ocupando cargos de maior poder e prestígio ocupacional, vem produzindo transformações profundas no modo como as mulheres são representadas, pois os cargos de poder e prestígio são permeados por pressupostos que designam características, tidas como masculinas, às mulheres que assumem estas funções. Partimos do pressuposto que as construções discursivas sobre tais mulheres interferem no modo como elas definem, entendem e veem o mundo, bem como intervêm na forma como elas constroem suas identidades, nós questionamos que significados essas mulheres representam sobre a atuação de mulheres em cargos de poder e prestígio e das suas próprias atuações enquanto pertencentes a este grupo. A literatura informa que o mundo do trabalho é sexista, havendo várias tensões que compõem este campo. Elencaremos inicialmente a divisão sexual e social do trabalho e a ordem patriarcal que trouxeram consequências para as funções masculinas e femininas no que diz respeito à distribuição do poder até hoje. Em seguida abordaremos a luta dos movimentos feministas que apontaram as desigualdades de gênero, questionando e politizando a relação entre público e privado. Posteriormente abordaremos a relação entre o trabalho feminino e a identidade. Neste contexto, desenvolvemos pesquisa cujo objetivo geral foi o de analisar os discursos de mulheres que ocupam cargos de poder e prestígio sobre suas trajetórias no mundo do trabalho. De forma específica, visamos identificar e analisar os atributos, apresentados por essas mulheres como responsáveis pelo desenvolvimento de suas carreiras, procurando observar a presença de atributos tradicionalmente vistos como próprios do mundo masculino, bem como identificar as dificuldades na carreira, relatadas por essas mulheres, e se elas associam essas dificuldades à questão de gênero. Para tanto, escolhemos trabalhar com mulheres que desenvolvem cargos de poder e prestígio em áreas profissionais diversas, que residem no Recife (PE), realizando entrevistas semiestruturadas com treze mulheres, com idades que variam entre trinta e dois e setenta anos. Norteamo-nos neste trabalho, pela perspectiva teórico-metodológica da Psicologia Social Discursiva, na qual a linguagem não é considerada apenas como um instrumento de comunicação, mas como um poderoso instrumento de construção da realidade. As falas analisadas evidenciam a presença recorrente de representações das mulheres em que elas são apresentadas como pessoas que são essencialmente sensíveis, éticas e solidárias, embora maneiras alternativas de descrevê-las também tenham sido observadas. Diante do exposto, observou-se que, apesar do grande avanço no que tange ao reconhecimento social da capacidade intelectual e da qualificação profissional das mulheres, os estereótipos que reproduzem a desigualdade não desapareceram por completo. Há, nos relatos das entrevistadas, sinais dessas discriminações citadas de forma aberta ou sutil. |