Avaliação de pacientes com esclerose múltipla por meio de escalas de incapacidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: José Porto Moreira, Alvaro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8341
Resumo: Pacientes com esclerose múltipla possuem graus de incapacidade variados, a depender das funções neurológicas comprometidas e da sua repercussão clínica. Porém, a mensuração da incapacidade pode variar de acordo com a escala clínica utilizada, com conquências prognósticas e terapêuticas. Para comparar as avaliações obtidas pelas principais escalas de incapacidade empregadas em pacientes com esclerose múltipla, aferindo o impacto físico e psíquico, procedeu-se a estudo transversal, tipo série de casos. Cinqüenta e dois pacientes com esclerose múltipla foram avaliados entre novembro/2007 a julho/2008, no Hospital da Restauração. As escalas de incapacidade aplicadas foram divididas em: relacionadas ao exame físico (Expanded Disability Status Scale - EDSS; Neurological Rating Scale - NRS; e Multiple Sclerosis Severity Score - MSSS), relacionadas à capacidade funcional (Multiple Sclerosis Funcional Composite - MSFC; Timed 25-foot walk - TFW; 9-hole-peg test - 9-HPT; e Paced Auditory Serial Addiction -PASAT) e relacionadas à percepção do paciente (The Guy's Neurological Disability Scale - GNDS; Multiple Sclerosis Impact Scale - MSIS-29; e Modified Fatigue Impact Scale - MFIS- 21). A razão de gênero feminino:masculino igualou-se a 4,2:1; predominou cor de pele auto-referida parda, idade entre 20 e 59 anos e escolaridade de 2º grau ou maior. A forma clínica mais frequente foi recorrente-remitente, com início sem síndrome clínica isolada, com sintomas motores ou sensitivos. A forma clínica associou-se significantemente ao tempo de doença. As escalas relacionadas ao exame físico (EDSS, NRS e MSSS) e à capacidade funcional (MSFC) apresentaram correlação significante, e diferiram entre os grupos leve e intenso. As escalas relacionadas à percepção do paciente, MSIS-29 e MFIS-21, correlacionaram-se significantemente, porém não o fizeram com as demais. Os componentes físicos das escalas de incapacidade correlacionaram-se. Enquanto que apenas as escalas de relacionadas à percepção do paciente, MSIS-29, MFIS-21 (cognitivo) e GNDS (cognição e humor), mantiveram correlação moderada e significante quando avaliados os componentes psíquicos. Escalas relacionadas com o exame físico e com a capacidade funcional diferem das escalas relacionadas à percepção do paciente. Essa diferença está presente quando os componentes psíquicos das escalas são avaliados separadamente, porém não se apresenta nas correlações entre os componentes físicos. A compreensão do instrumento de avaliação, portanto, poderá ajudar a entender as relações entre a mensuração objetiva, as limitações técnicas dos vários métodos de aferição e a percepção das consequências clínicas da esclerose múltipla.