Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
VAN-DÚNEM, Joaquim Carlos Vicente Dias |
Orientador(a): |
XIMENES, Ricardo Arraes de Alencar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6953
|
Resumo: |
A presente tese teve como objetivo identificar os fatores preditivos associados à tuberculose em crianças infectadas pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em um hospital de nível terciário da África subssariana. Dela fazem parte quatro artigos: 1- Revisão de literatura sobre a problemática da co-infecção Mycobacterium tuberculosis / Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), com enfoque nos aspectos da epidemiologia, nos aspectos de diagnóstico da tuberculose, nos fatores preditivos e na discussão do papel da BCG em crianças infectadas pelo HIV. 2- Estudo de caso controle com 902 crianças (230 casos / 672 controles), infectadas pelo HIV e atendidas em hospital terciário de Angola. Foram investigados, mediante um modelo hierárquico os fatores preditivos para a tuberculose. Os fatores identificados como associados à tuberculose foram: socioeconômicos (o desemprego, a aglomeração domiciliar, as condições desfavoráveis de moradia), da estrutura familiar (a orfandade e irmão falecido por AIDS), dos cuidados de saúde (distância ao local de atendimento, irregularidade de consultas AIDS e não adesão à medicação anti-retroviral) e da condição clínica (categoria clinica das classes B / C do CDC e imunodeficiência). 3- Avaliação do efeito protetor da vacina Bacille Calmette-Guérin (BCG), contra a tuberculose, usando o mesmo universo de crianças e a mesma relação de casos por controle. A BCG não revelou efeito protetor contra tuberculose em crianças HIV positivas. 4- Foi estimada a validade da leitura da cicatriz BCG como indicador de vacinação passada em crianças infectadas pelo HIV. Foram usados três padrão ouro: cartão de vacinas, informação do responsável em crianças com cartão de vacinas e informação dos responsáveis (independentemente do cartão de vacinas). A cicatriz vacinal mostrou ser um bom indicador de vacinação passada. A identificação dos fatores que aumentam a chance de crianças HIV positivas desenvolverem tuberculose ativa contribui para antecipar intervenções ao nível individual e dos serviços, acrescentando novos fatores, aos fatores clássicos para a tuberculose como são as condições socioeconômicas desfavoráveis. Assim nessas crianças a intervenção em fatores distais tais como a regularidade de consultas e a adesão à medicação anti-retroviral, podem ter um impacto positivo nos fatores mais proximais como a imunodeficiência. A clarificação do papel da vacina BCG em crianças HIV, que vá para além do seu efeito protetor, mas que inclua igualmente a sua segurança a médio e longo prazo deve constituir uma sugestão para a agenda de pesquisa. Da mesma forma faz-se necessário conhecer o desempenho da BCG contra formas graves de tuberculose nestas crianças. A cicatriz vacinal pelo BCG mostrou ser um bom indicador de vacinação passada em crianças infectadas pelo HIV, achado relevante por ser usada freqüentemente em estudos observacionais que estimam a efetividade e cobertura vacinal, realizados em contextos onde os registros médicos e cartão de vacinas nem sempre estão disponíveis |