Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
ROCHA, Helena Medeiros |
Orientador(a): |
ANDRADE, Armele de Fátima Dornelas de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32499
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Resumo: |
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresenta comprometimento da mecânica ventilatória e repercussões no sistema nervoso autonômico. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da associação das técnicas de mobilização costal e de liberação diafragmática sobre a mobilidade do diafragma, cinemática da caixa torácica, distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos e variabilidade de frequência cardíaca de pacientes com DPOC. Critérios de elegibilidade: diagnóstico de DPOC, sedentários, idade entre 50 e 75 anos e clinicamente estável. Não participaram pacientes com doenças cardíacas, outras comorbidades respiratórias e IMC >30kg/m2. Participaram 14 pacientes com DPOC, alocados aleatoriamente em dois grupos: grupo mobilização costal e liberação diafragmática (TMC+TLD) e grupo liberação diafragmática (TLD). Este trabalho resultou em dois artigos originais. No primeiro artigo, a avaliação da variabilidade de frequência cardíaca através do cardiofrequencímetro foi realizada imediatamente antes e após a intervenção. Resultados: O grupo TLD reduzui a frequência cardíaca média de repouso em 5 bpm (p =0,03) enquanto o grupo TMC+TLD apresentou uma redução em 3bpm (p=0,07) imediatamente após a intervenção ao qual foram alocados. Quanto a variabilidade de frequencia cardíaca, houve aumento significativo na VFC no grupo TLD imediatamente após a intervenção com p = 0,04. Conclusão: uma única sessão da técnica de Liberação diafragmática gerou uma redução clinicamente importante na frequência cardíaca média de repouso e aumentou a variabilidade de frequência cardíaca em pacientes com DPOC. No segundo artigo, os pacientes receberam intervenção durante 6 sessões em dias alternados. Os voluntários foram avaliados em 4 momentos: antes da aleatorização (Pré) e após a primeira sessão (Pós1), após a 6ª sessão (Pós 6) e uma semana após a última sessão (Follow up). Os desfechos avaliados foram: cinemática toracoabdominal (pletismografia optoeletrônica), mobilidade diafragmática (ultrassonografia), distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos, pressões respiratórias máximas (manovacuometro) e percepção de melhora do paciente. Resultados: O grupo TMC+TLD apresentou diferença quanto a mobilidade diafragmática no Pós 1 (p=0,03), Pós 6 (p=0,04) e follow up (p=0,03); em relação a pressão inspiratória máxima no Pós 1 (p=0,02) e Pós 6 (p=0,02). Não foram observadas mudanças na distância percorrida do teste de caminhada de 6 minutos em nenhum dos grupos avaliados. Não houve diferença entre os grupos nos tempos avaliados para mobilidade diafragmática, pressões respiratórias e cinemática toracoabdominal. Conclusão: A associação da técnica de mobilização costal e mobilização diafragmática é capaz de aumentar a mobilidade do diafragma e a pressão inspiratória máxima. Contudo, é relevante ponderar, não há evidência neste estudo para recomendar estas intervenções com a finalidade de ganho de mobilidade da caixa torácica em pacientes com DPOC. Novos estudos com foco na mobilização costal associada ao alongamento dos músculos respiratórios em diferentes graus de severidade devem ser realizados com o objetivo de elucidar as respostas da mecânica respiratória em relação ao estadiamento da DPOC. |