Evolução crustal dos domínios central e Pernambuco-Alagoas da província Borborema na folha Vitória de Santo Antão (Pernambuco – Nordeste do Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: TEIXEIRA, Cristiane Marques de Lima
Orientador(a): NEVES, Sérgio Pacheco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22587
Resumo: A Província Borborema (NE do Brasil) é um extenso cinturão orogênico estruturado durante a Orogenia Brasiliana. Ela é subdividida em vários domínios tectônicos, dois dos quais são alvo desse estudo: os domínios Central e Pernambuco-Alagoas (PEAL), separados pela zona de cisalhamento Pernambuco Leste (ZCPE). Dados litológicos, petrográficos, geoquímicos e geocronológicos foram obtidos entre os dois domínios na Folha Vitória de Santo Antão (estado de Pernambuco). Novas unidades foram reconhecidas em adição as já descritas na literatura. Ortognaisses com idade de 2,1 Ga correspondem ao embasamento paleoproterozoico. Rochas metassedimentares apresentaram grãos de zircão detríticos com idades de 2,1 Ga a 680 Ma e sobrecrescimentos em torno de 650 Ma. Esses resultados indicam proveniência variada e idade de deposição máxima entre 680 e 650 Ma. Três grupos de ortognaisses neoproterozoicos foram reconhecidos (870–859 Ma, 657–640 Ma e 630–620 Ma), com o mais antigo incluindo gnaisses situados nos extremos norte (Domínio Central) e sul (Domínio PEAL) da área. Um pequeno corpo, ortognaisse Amaraji, de aproximadamente 600 Ma, também é reconhecido e, provavelmente, marca o final da tectônica de baixo ângulo. O magmatismo granítico ocorre em três períodos, 580 Ma, 566 Ma e 562 Ma. O funcionamento da ZCPE é condicionando pela idade dos plútons mais jovens (566-562 Ma), que apresentam estrutura interna controlada pelo regime transcorrente. Em geral, os diagramas discriminantes de ambientes tectônicos são dúbios, mas rochas de composição intermediária, associadas com o Ortognaisse Altinho (~650 Ma) e com o plúton granítico mais jovem (~562 Ma) projetam-se no campo intraplaca. A evolução crustal da área mostra semelhanças nos dois domínios, sugerindo que eles faziam parte de um mesmo bloco durante a Orogenia Brasiliana.