Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, Rilda Carla Alves de |
Orientador(a): |
MARINHO, Patrícia Érika de Melo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17869
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Resumo: |
Os sintomas depressivos em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) estão associados a mortalidade, exacerbações, dispneia, queda no desempenho físico, inatividade e limitações funcionais na realização das atividades da vida diária (AVDs). A limitação funcional é percebida através da perda progressiva do condicionamento físico, com diminuição da capacidade ao realizar AVDs e estas podem se tornar mais acentuadas na presença de sintomas depressivos. O presente estudo teve por objetivo avaliar as AVDs de pacientes com DPOC com sintomas depressivos. Trata-se de um estudo analítico, transversal, desenvolvido no ambulatório de Pneumologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco, no período de março a setembro de 2015. Participaram da pesquisa 202 pacientes com diagnóstico clínico-funcional de DPOC, acompanhados no referido serviço e que foram rastreados quanto à presença ou ausência de sintomas depressivos, constituindo-se dois grupos (pacientes com DPOC com e sem sintomas depressivos). Os pacientes foram avaliados quanto as características espirométricas (capacidade vital forçada – CVF, volume expiratório forçado no primeiro segundo - VEF1e relação VEF1/ CVF), histórico de fumo, presença de comorbidades e de sintomas respiratórios, uso de medicações para controle dos sintomas, aplicação do questionário para avaliação das AVD (Pulmonary Functional Status and Dyspnea Questionnaire - PFSDQ) e avaliação da presença de sintomas depressivos através do inventário de depressão de Beck (BDI). A comparação entre os grupos foi realizada através do teste t de Student para amostras independentes e/ou de Mann-Whitney conforme a distribuição de normalidade e a associação entre as variáveis dicotômicas através do Teste Qui Quadrado de Pearson ou teste Exato de Fisher. A regressão logística foi realizada pelo método Backward Lr. A margem de erro utilizado nas decisões dos testes estatísticos foi de 5,0% e os intervalos obtidos com 95,0% de confiabilidade. Os dados foram analisados através do programa SPSS (for Windows versão SPSS Inc., Chicago, IL). A presente dissertação consta de um artigo original intitulado ―Comportamento das atividades de vida diária em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica com sintomas depressivos‖, identificando que todos os domínios do questionário PFSDQ (dispneia, fadiga e mudanças nas AVDs) apresentaram-se elevados no grupo de pacientes com DPOC com sintomas depressivos. Os sintomas depressivos foram encontrados em 79 (39,1%) dos 202 pacientes estudados. Após análise ajustada através da regressão logística, foi verificado que, não possuir companheiro (OR: 2,58, IC95%: 1,36 - 4,90), usar mais de um broncodilatador (OR: 2,82, IC95%: 1,47 - 5,38), apresentar dislipidemias (OR: 2,74, IC95%: 1,24 - 6,07), cardiopatias (OR: 2,82, IC95%: 1,18 - 6,74) e expectoração (OR: 2,44, IC95%: 1,20 - 4,95) aumentaram as chances de desenvolvimento de sintomas depressivos nessa amostra de pacientes. Concluiu-se que a execução das AVDs encontra-se comprometida nos pacientes com DPOC com sintomas depressivos e que não possuir companheiro, usar mais de um broncodilatador, apresentar dislipidemia, cardiopatia e expectoração, aumentaram as chances de desenvolvimento de sintomas depressivos. |