A produção científica sobre o ensino de físico-química de 2005 à 2020 : um estudo a partir da proposta de mapeamentos horizontal e vertical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SOUZA, Gustavo Henrique Lemos de
Orientador(a): CAVALCANTI, José Dilson Beserra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao em Ciencias e Matematica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45549
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo analisar por meio de mapeamento horizontal e vertical a produção científica brasileira em torno do Ensino de Físico-Química de 2005 à 2020. O estudo parte da constatação da ausência na literatura acadêmica de uma pesquisa de cunho bibliográfico sobre sua produção científica. Dessa maneira o nosso trabalho ao passo que se propõe utilizar a metodologia de Mapeamento em Pesquisa Educacional, que é utilizada como uma das linhas de investigação do NUPERES (grupo de pesquisa ligado ao PPGECM da UFPE-CAA) também problematiza a noção de mapeamento nas pesquisas em Ensino de Ciências e Matemática. Com isso, decidimos aplicar esta investigação no formato multipaper, que também é uma proposta comum aos trabalhos produzidos pelo grupo, com um total de três artigos. No primeiro, aplicamos um Mapeamento Horizontal sobre a produção científica brasileira que trabalha com pesquisas de cunho bibliográfico e que usem o termo mapeamento para ela. Assim, agrupamos as concepções em dois grandes grupos: o primeiro que trata do mapeamento como uma etapa de uma pesquisa maior, as quais chamam de estado da arte; e o segundo que não segue nenhuma padronização específica, ou seja, dá o nome de mapeamento no sentido de inventário, todavia investiga aspectos próprios do recorte teórico pesquisado. Sequencialmente, o segundo artigo aplica o Mapeamento Horizontal na produção científica brasileira de 2005 a 2020 sobre o Ensino de Físico-Química. Dessa forma, mapeamos 389 investigações nos quatro territórios propostos: teses de doutorado, dissertações de mestrado, artigos em periódicos e comunicações em eventos científicos. Assim, constatamos o aumento da quantidade de publicações no decorrer do tempo pesquisado, assim como uma concentração de trabalhos no sudeste e nordeste do país. Além disso, a Química Nova na Escola foi a revista com mais publicações e os eventos com mais investigações foram o ENPEC e o ENEQ. Finalmente, no terceiro artigo, aplicamos um mapeamento vertical nas teses e dissertações mapeadas no segundo artigo. Com isso, constatamos a variação de público-alvo nos diferentes territórios de pós-graduação, uma presença maior dessas pesquisas no conteúdo de Equilíbrio Químico, e apontamentos sobre dificuldade de entendimento dos conceitos de Físico-Química. Soma-se a isso que as metodologias aplicadas foram de tipos variados. Por conseguinte, notamos que os Mapeamentos Horizontal e Vertical permitem o entendimento tanto do panorama quanto de detalhes mais específicos sobre um determinado tema investigado como foi o do Ensino de Físico-Química no nosso caso. Entretanto, na comunidade científica brasileira o entendimento sobre o termo mapeamento ainda é disperso e pouco claro, o que pode gerar confusão na aplicação do tema e um procedimento específico pode ajudar na utilização dessa metodologia.