Efeito da desnutrição neonatal sobre a função e o metabolismo miocitário de ratos adultos jovens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Fraga, Simone do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12688
Resumo: Para estudar o efeito da desnutrição neonatal sobre o tecido muscular esquelético, foi avaliada a sensibilidade dos miotubos em cultura à insulina, bem como os parâmetros biomecânicos das células musculares cultivadas. Para isso, 12 ratos machos Wistar foram divididos em dois grupos, nutrido (N), n = 6, e desnutrido (D), n = 6, segundo a dieta oferecida à mãe durante o período de lactação (21 dias) de sua prole. Para o acompanhamento da evolução ponderal, os animais foram pesados a cada 5 dias durante o período de aleitamento, e uma vez por semana no período após a lactação. Após o desmame, os animais receberam dieta padrão de biotério até o dia da coleta do músculo esquelético (60-70 dias). Através da otimização de protocolos anteriores, um novo protocolo para a cultura de células musculares primárias foi estabelecido com o objetivo de simplificar os procedimentos, reduzir o tempo para a confecção da cultura e torná-lo menos dispendioso. Assim, as células musculares das patas posteriores dos animais foram cultivados na presença de insulina (Ni, Di) ou na ausência desta (grupos controles Nc, Dc) e, ao 10o de cultura, foram observados a taxa de proliferação celular e o percentual de incorporação de núcleos pelos miotubos entre os animais N e D. Além disso, os parâmetros biomecânicos dos miotubos foram caracterizados através da frequência de contração, do percentual de amplitude, bem como pelo período de contração. Ao 21o dia, o peso dos animais D mostrou-se inferior quando comparado ao peso dos animais N (N = 67.8 ± 3.0; D = 40.7 ± 1.9). Esta condição permaneceu até o dia da coleta dos músculos, entre 60-70 dias (N = 394 ± 28.4; D = 342.7 ± 20.7). A insulina não interferiu na taxa de proliferação dos mioblastos (Nc = 2.61 ± 0.56; Ni = 2.49 ± 0.51; Dc = 3.12 ± 0.92; Di = 2.77 ± 0.81), mas reduziu o percentual de incorporação de núcleo pelos miotubos dos animais D (Dc = 11.5 ± 8.9; Di = 7.0 ± 5.6). Miotubos de animais N e D, tratados com insulina, apresentaram maior número de contrações por minuto (Nc = 17.6 ± 1.8, Dc = 16.4 ± 3.6; Ni = 29.2 ± 3.8; Di = 28.2 ± 4.2). O percentual de amplitude não se mostrou diferente entre N e D (p=0.0687). A presença da insulina aumentou o período de contração nos animais N (Ni = 1.2 ± 0.9; Dc = 0.8 ± 0.3), enquanto que no grupo D provocou redução (Di = 0.8 ± 0.1; Dc = 0.9 ± 0.2). Houve redução no período de contração no grupo Di, quando comparado ao grupo Ni (p<0.05). Assim, este estudo permitiu complementar os conhecimentos sobre o efeito da desnutrição neonatal sobre a ação da insulina no tecido muscular, além de possibilitar o surgimento de novas perspectivas sobre o estudo do músculo esquelético em cultura.