Lutas e resistências nas “terras de preto”: o caso de Santiago do Iguape

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: MACHADO, Milena Freitas
Orientador(a): COSTA, Mônica Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Servico Social
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22590
Resumo: O objetivo desse trabalho é analisar os processos de organização sociopolítica que decorrem da regularização fundiária na comunidade Quilombola de Santiago do Iguape, no período de 2010 a 2013. A comunidade de Santiago do Iguape, lócus dessa pesquisa, traz, na sua trajetória política, toda uma história de luta e resistência para garantir a preservação do território quilombola e, ao mesmo tempo, luta por um desenvolvimento que respeite as especificidades enquanto comunidade tradicional. Atualmente, sofre ameaças no seu território, a exemplo da implantação de um grande empreendimento na Reserva Extrativista Federal da Baía do Iguape (RESEX), o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, localizado no entorno da Baía do Iguape, mais precisamente no município de Maragogipe. Diante desse cenário, as comunidades tradicionais que vivem no entorno da Baía do Iguape vivenciam conflitos fundiários e territoriais, que são travados pelos interesses estabelecidos entre o Estado e o grande capital, em detrimentos dos direitos dos povos e comunidades tradicionais. O estudo é de caráter etnográfico, o que exigiu uma imersão na comunidade de Santiago do Iguape durante o período de dois meses, no qual observei a dinâmica da comunidade e registrei os relatos no diário de campo, interagi e entrevistei os (as) interlocutores (as), membros das organizações da comunidade e demais moradores e moradoras de Santiago do Iguape.