Avaliação das alterações encefálicas em pacientes com eclâmpsia através da Ressonância Nuclear Magnética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Vitor Diniz de Carvalho, Marcus
Orientador(a): José Vieira De Mello, Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9013
Resumo: Objetivo: Avaliar as alterações imagenológicas encefálicas em casos de eclâmpsia, através de exames de ressonância magnética, descrevendo suas características, seu caráter evolutivo e seu comportamento quando da distribuição dos casos, de acordo com a classificação prognóstica da eclâmpsia proposta por Barros; Zugaib; Kahhale; Neme (1986). Materiais e Método: Trata-se de um estudo observacional, descritivo e de natureza quantitativa, onde a análise foi baseada em freqüências numéricas. Constituiu-se numa série de casos, cuja amostra de 23 pacientes eclâmpticas foi obtida a partir da seleção e análise dos prontuários clínicos e dos exames de ressonância magnética realizados em gestantes eclâmpticas atendidas no Serviço de Obstetrícia do Hospital das Clínicas - UFPE, no período de maio de 2000 a dezembro de 2001. Os dados coletados foram sumarizados e analisados utilizando-se o programa estatístico SPSS. Resultados: As alterações imagenológicas mais freqüentemente observadas foram lesões de natureza edematosa comprometendo as regiões encefálicas posteriores, sendo a presença de hemorragia parenquimatosa evidenciada em apenas um caso. Houve melhora dos aspectos imagenológicos em todas as 23 pacientes. Uma regressão completa ocorreu em 14 casos e, em oito pacientes, identificaram-se achados residuais, principalmente caracterizados pela presença de focos puntiformes e isolados de hipersinal nas seqüências ponderadas em T2 e FLAIR, sem qualquer expressão do ponto de vista clínico-neurológico e inespecíficos sob o ponto de vista imagenológico, podendo representar focos de isquemia ou gliose. Em apenas um caso, o exame de controle mostrou-se praticamente inalterado em relação ao inicial. Observou-se que o nível de comprometimento do sistema nervoso central foi proporcionalmente maior nos casos de eclâmpsia descompensada, complicada e não complicada, respectivamente. Conclusão: Os achados inferiram a possibilidade de que o edema vasogênico fosse o substrato fisiopatológico presente na maioria dos casos de eclâmpsia. Apesar de haver uma sugestão de que exista uma relação de proporcionalidade direta entre o grau de extensão das lesões no sistema nervoso central e o prognóstico do caso segundo a classificação proposta por Barros; Zugaib; Kahhale; Neme (1986), não foi encontrado na literatura pesquisada qualquer estudo que também correlacionasse esses aspectos e que tornasse possível o estabelecimento de comparações entre estes parâmetros