Linfocintigrafia dos membros inferiores dos portadores de febre chikungunya
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Cirurgia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43704 |
Resumo: | A Febre Chikungunya é uma arbovirose emergente causada pelo vírus da Chikungunya (CHIKV) caracterizada por febre aguda, cefaleia, mialgia e poliartralgia. Durante o surto desta doença em Pernambuco, em 2016, foi diagnosticada a presença de linfedema nos membros inferiores (MMII) em vários pacientes. No entanto, não há até o presente momento, dados na literatura sobre a lesão de vasos linfáticos na Febre Chikungunya. Caracterizar clinicamente o edema linfático e avaliar, através da linfocintigrafia, as alterações linfáticas nos MMII de pacientes com Febre Chikungunya. Foi realizado um estudo observacional prospectivo em uma coorte hospitalar no período de março a novembro de 2016. Todos os pacientes estavam na fase aguda ou subaguda da doença e foram submetidos a avaliação clínica e a linfocintigrafia dos MMII na admissão e 90 dias após. As linfocintigrafias foram realizadas após a administração subcutânea de Dextran-70 marcada com tecnécio- 99m no primeiro espaço interdigital de cada pé e foram obtidas imagens dinâmicas de bacia anterior durante 30 minutos, imediatamente após a injeção do radiofármaco, e imagens de corpo inteiro após 1 e 4 horas, quando necessárias. Trinta e dois pacientes [idade média 59,5 + 14,11 anos, 27 (84,4%) sexo feminino] participaram deste estudo. Dezesseis possuíam pesquisa da IgM positiva para Febre Chikungunya. Todos tinham linfedema dos MMII e em 6 (18,8%) pacientes o edema era unilateral. Quanto a classificação do linfedema, 19 (59,4%) pacientes apresentavam linfedema grau I e 13 (40,6%), grau II. À linfocintigrafia, 55 (86%) MMII apresentaram anormalidades na drenagem linfática. O retardo no tempo de visualização dos linfonodos pélvicos foi a alteração mais frequente presente em 40 (62,5%) MMII na linfocintigrafia inicial. Vinte e nove (90,6%) pacientes retornaram para reavaliação clínica. Destes, 16 pacientes (55,2%) persistiam com linfedema e o retardo no tempo de visualização dos linfonodos pélvicos permaneceu como a alteração mais frequente à linfocintigrafia presente em 23 (57,5%) dos MMII avaliados. Os pacientes incluídos no estudo com Febre Chikungunya apresentaram linfopatia em mais de 80% dos membros inferiores com edema estudados através da linfocintigrafia. As alterações linfáticas persistiram em cerca de 65% dos membros reavaliados após 90 dias. |