Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, Tiago Henrique dos Santos |
Orientador(a): |
FONTES, Adriana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38368
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Resumo: |
A leishmaniose cutânea (LC) é a forma mais comum de leishmaniose, uma doença parasitária infecciosa que pode ser causada por várias espécies, incluindo a Leishmania amazonensis e a L. braziliensis. A LC causa intensa segregação social com perdas socioeconômicas nas populações afetadas devido à gravidade das lesões provocadas. O tratamento da LC é baseado em fármacos que apresentam toxicidade e casos de resistência já foram reportados. A terapia fotodinâmica (TFD) surge então como uma alternativa promissora para o tratamento da LC. A TFD se baseia na ativação de fotossensibilizadores (FSs) pela luz, levando os parasitas à morte por estresse oxidativo. As zincoporfirinas (ZnPs) apresentam grande potencial como FSs para a TFD, pois se ligam fortemente às membranas e em sua maioria têm caráter hidrofílico. Assim, esse estudo objetivou investigar a ação in vitro da TFD mediada pela ZnTnHex-2-PyP4+ ou ZnP hexil, para o tratamento da LC. Para tanto, formas promastigotas foram incubadas com a ZnP hexil por 5 min nas concentrações de 0,62 e 1,25 μM e, então, irradiadas por um LED em 410 nm por 1 ou 3 min (irradiâncias de 38,2 ou 19,1 mW/cm2 e exposições irradiantes de 2,3 e 3,4 J/cm2 , respectivamente). Após o tratamento fotodinâmico, as promastigotas foram avaliadas através de: (i) contagem pós-coloração com azul de tripan, (ii) citometria de fluxo – iodeto de propídeo (IP) e rodamina 123 (Rh 123) – e (ii) microscopias eletrônica de varredura (MEV) e fluorescência. Amastigotas foram submetidas à maior exposição irradiante. Foi também avaliada a citotoxicidade em macrófagos de camundongos BALB/c. O resultado da coloração com azul de tripan indicou que ambas concentrações de ZnP hexil foram capazes de inativar mais de 99% das promastigotas. A análise com IP corroborou os resultados com azul de tripan, comprovando o dano à membrana plasmática. O ensaio com Rh 123 indicou uma intensa despolarização e dano mitocondrial após a TFD. Foram encontrados resultados semelhantes para as promastigotas de L. amazonensis e L. braziliensis. As imagens obtidas por MEV demonstram perda do formato fusiforme, rugosidade na membrana plasmática e diminuição do comprimento do corpo celular. A microscopia de fluorescência revelou uma marcação intracelular, em forma de agregados, pela ZnP hexil, ao longo do corpo do parasita. A redução do número de amastigotas de L. amazonensis no interior dos macrófagos foi maior que 50% para ambas as concentrações após uma sessão de tratamento fotodinâmico. O tratamento descrito não apresentou toxicidade frente às células de mamífero. Dessa forma, esses resultados indicam que o protocolo fotodinâmico estabelecido, utilizando a ZnP hexil, tem potencial para ser avaliado in vivo e pode ser uma alternativa para o tratamento da LC. |