Série temporal do mezooplâncton do sistema estuarino de Barra das Jangadas, Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: CAVALCANTI, Eliane Aparecida Holanda
Orientador(a): LEITÃO, Sigrid Neumann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8013
Resumo: O conhecimento da comunidade planctônica é de importância prioritária, pois, enquanto o fitoplâncton produz a matéria orgânica através da fotossíntese, o zooplâncton constitui um elo importante na transferência energética na forma fitoplâncton-bacterioplâncton ou de detritos orgânicos particulados para os demais níveis tróficos. Estudos sobre o mesozooplâncton foram realizados no sistema estuarino de Barra das Jangadas, Pernambuco, Brasil (8º14 36 S, 34º56 28 W) visando analisar a estrutura da comunidade em uma série temporal. As amostras foram utilizando-se rede de plâncton, com malha de 300 μm, durante os períodos, seco (janeiro/2001) e chuvoso (julho/2001), nos quatro regimes de marés (preamar, vazante, baixa-mar, enchente), durante sete dias consecutivos, cobrindo o período de maré de quadratura até a maré de sizígia. Foram identificados 56 taxa, os quais estiveram distribuídos em 02 reinos e 11 filos, dentre eles o subfilo Crustacea foi o que mais se destacou constituindo 89,8% da comunidade da área. A densidade média durante o período de estiagem variou de 9,24 a 1.550,55 org.m- 3, e de 14,41 a 481,95 org.m-3 para o período chuvoso. As maiores densidades foram observadas nos regimes de marés enchente e vazante em ambos períodos analisados. Os Crustacea meroplanctônicos (Brachyura zoea) foram muito freqüentes e muito abundantes, destacando seu importante papel na teia trófica pelágica. A diversidade específica durante o período de estiagem, variou de 0,440 a 3,367 bits.ind-1, e de 0,66 a 2,921 bits.ind-1 para o período chuvoso. Os baixos valores de diversidade ocorreram devido à dominância de Brachyura (zoea). A análise de agrupamento revelou a formação de dois grupos, o primeiro formado por espécies marinhas e eurihalinas, e o segundo por espécies indicadoras de ambientes estuarinos. De acordo com os resultados obtidos observa-se que a comunidade mesozooplanctônica é biodiversa, e que não só as variáveis ambientais (salinidade e temperatura), assim como, regimes de marés de fatores bióticos podem ter influenciado a composição nessa comunidade