Promessas e desafios da migração no cinema africano contemporâneo: reimaginando espaços e fronteiras em um mundo “fora de lugar
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34636 |
Resumo: | Nesta era de globalização, as “imagens dos outros”, e de suas histórias, muitas vezes chegam até nós em reportagens, vídeos e fotografias de jornais que pouco ou quase nada nos revelam de fato sobre quem são esses “estranhos à porta”. A crise migratória tornou-se o maior dilema moral contemporâneo e desafia rotineiramente nosso entendimento dos padrões culturais e dos direitos estabelecidos – ao mesmo tempo que denuncia um controle crescente dos corpos e do espaço. Se tais imagens refletem a nossa cultura, também servem elas simultaneamente como um elemento que a constitui. Sendo assim, o estudo que se apresenta propõe compreender de que forma o “fenômeno migratório”, como “deslocamento no espaço” – seja ele exterior ou interior, físico ou imaginário – foi reapropriado e problematizado por cineastas africanos contemporâneos (eles próprios sujeitos migrantes e diaspóricos), a partir da análise de filmes produzidos nos últimos anos. Como filmes que assumem uma postura histórica engajada, busca-se aqui compreender as diferentes estratégias estéticas subjacentes à “encenação fílmica”, no que se refere à trajetória de seus personagens dentro do espaço social e simbólico do mundo recriado em cada obra. Logo, interessa pensar de que maneira, no cinema, “articulam-se” estrategicamente novas subjetividades estéticas e políticas, reconfigurando a tensão entre o “global” e o “local”, o “aqui” e o “acolá”, ao apresentar outras formas possíveis de “comunidade”, “espacialidade”, “territorialidade”, “memória” e “pertencimento”, além das fronteiras tradicionalmente delimitadas. |