Promessas e desafios da migração no cinema africano contemporâneo: reimaginando espaços e fronteiras em um mundo “fora de lugar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Jonas Alexandre do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34636
Resumo: Nesta era de globalização, as “imagens dos outros”, e de suas histórias, muitas vezes chegam até nós em reportagens, vídeos e fotografias de jornais que pouco ou quase nada nos revelam de fato sobre quem são esses “estranhos à porta”. A crise migratória tornou-se o maior dilema moral contemporâneo e desafia rotineiramente nosso entendimento dos padrões culturais e dos direitos estabelecidos – ao mesmo tempo que denuncia um controle crescente dos corpos e do espaço. Se tais imagens refletem a nossa cultura, também servem elas simultaneamente como um elemento que a constitui. Sendo assim, o estudo que se apresenta propõe compreender de que forma o “fenômeno migratório”, como “deslocamento no espaço” – seja ele exterior ou interior, físico ou imaginário – foi reapropriado e problematizado por cineastas africanos contemporâneos (eles próprios sujeitos migrantes e diaspóricos), a partir da análise de filmes produzidos nos últimos anos. Como filmes que assumem uma postura histórica engajada, busca-se aqui compreender as diferentes estratégias estéticas subjacentes à “encenação fílmica”, no que se refere à trajetória de seus personagens dentro do espaço social e simbólico do mundo recriado em cada obra. Logo, interessa pensar de que maneira, no cinema, “articulam-se” estrategicamente novas subjetividades estéticas e políticas, reconfigurando a tensão entre o “global” e o “local”, o “aqui” e o “acolá”, ao apresentar outras formas possíveis de “comunidade”, “espacialidade”, “territorialidade”, “memória” e “pertencimento”, além das fronteiras tradicionalmente delimitadas.