Educação em direitos humanos e cidadania em contexto gerencialista: limites e possibilidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: GAMEIRO, Thiago Gabriel Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13348
Resumo: A presente pesquisa analisa a política educacional do governo do Estado de Pernambuco no período 2007-2012, gestão Eduardo Campos, mais especificamente na relação entre o Gerencialismo e a Educação em Direitos Humanos e Cidadania, paradigmas marcantes na orientação de sua política educacional, mas que se contradizem em essência. Estudos sobre a incorporação destes referenciais na educação permitem inferir esta contradição (BALL, 2001, 2005, 2011; PAULA, 2005; SECCHI, 2009; HYPOLITO, 2010; BENEVIDES, 2007; ZENAIDE, 2007; SILVA, 2010; SILVA e TAVARES, 2011; entre outros). Preocupados em compreender como este paradoxo pode se materializar numa mesma política, estabelecemos como objetivo geral da perscrutação: “Analisar as políticas de EDH e Cidadania do governo Eduardo Campos (2007-2012) a partir da visão dos sujeitos da escola, identificando os limites e possibilidades de sua efetivação num contexto gerencialista”. Os dados que coletamos como forma de problematizarmos este objetivo foram aferidos através da observação no campo de investigação, pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas, com ênfase nas duas últimas, o que confluiu na elaboração de um Estudo de Caso, dentro da abordagem qualitativa, realizado em duas Escolas de Referência do município do Recife. Ainda como reverberação de nosso objetivo geral, optamos pela Análise Crítica do Discurso como método de interpretação dos dados. Esta escolha deu-se, além da possibilidade de se adequar ao objetivo geral da pesquisa, pela contribuição do referido método em explicar o modo como as desigualdades – termo que, por opção política, constituiu-se no fio condutor de nossa investigação – se perpetuam ou se extinguem (TILIO, 2010). Do estudo pudemos inferir as possibilidades de coexistência de ambos os paradigmas numa mesma política educacional, embora com assimetrias em suas premências, no caso, o Gerencialismo como paradigma central e a Educação em Direitos Humanos e Cidadania como marginal. Por fim, pudemos identificar a importância do “empoderamento” na efetivação da “cidadania ativa” dos educandos, bem como as possibilidades do “poder local” em anular, ou, pelo menos, atenuar a hegemonia de um referencial dominante no escopo de uma política pública a nível macro.