Experimentalismos e ruídos na fotografia contemporânea
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Comunicacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38874 |
Resumo: | Esta tese investiga as manifestações do ruído na fotografia contemporânea, como potência de imagens híbridas, experimentais e processuais. Partindo de um olhar sobre a produção fotográfica recente, que articula o despojamento e a agilidade de produção, distribuição e acesso da imagem via computador a paradigmas formais (tais como a verossimilhança, o mimetismo, e a representação), compreendemos que a vertente da fotografia experimental propõe uma agenda estética alternativa, na medida em que não se limita a essa retórica de correspondência estrita com o referente. A partir das obras de artistas brasileiros e estrangeiros, atestamos que os experimentalismos realizados com mídias analógicas e digitais indicam a valorização do ruído no campo da imagem, através da presença de elementos como borrões, tremulações, inscrições do tempo, múltiplas exposições, granulações, pixel aparente, exploração de efeitos cromáticos, texturas e estrutura das imagens, distorções, entre outros. A pluralidade de manifestações do ruído ocorre por meio de estratégias centradas na intervenção deliberada sobre quaisquer mídias utilizadas para criar imagens, tangenciando questões como o entrecruzamento de territórios da fotografia, do cinema, da pintura, do vídeo, das artes gráficas e o ambiente dos softwares; o desenvolvimento de poéticas originais (geralmente contrárias aos usos industriais das tecnologias); processos de criação da ordem das apropriações, dos hibridismos, da remixagem, e a reprogramação de softwares e hardwares para fins artísticos. Na pesquisa, refletimos ainda, sobre a importância do acaso como elemento partícipe das metodologias artísticas, o caráter processual das imagens nas quais o ruído emerge, a materialidade como vetor de sentido nas obras analisadas, o olhar dirigido às técnicas clássicas da imagem fotoquímica e às mídias “obsoletas” (sob uma abordagem arqueológica da mídia), e por fim, sobre as recentes abordagens da teoria da fotografia que dão conta das proposições formais, conceituais e filosóficas com às quais podemos associar a emergência do ruído nas imagens. |