Avaliação dos efeitos dos processos erosivos e de vulnerabilidade, e suas implicações ambientais no litoral do município do Paulista - PE
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Geociencias |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45881 |
Resumo: | Esta pesquisa foi realizada no munícipio do Paulista, litoral norte do estado de Pernambuco, entre as praias de Enseadinha, localizada ao norte da desembocadura do rio Paratibe, e o pontal de Maria Farinha, localizada ao sul da desembocadura do rio Timbó. O trabalho teve intuito de levantar informações sobre o sistema costeiro, com base na caracterização morfodinâmica e geoambiental, quantificando o balanço sedimentar através de análises granulométricas; definir uma linha de preamar máxima atual; realizar levantamentos hidrodinâmicos; e analisar a vulnerabilidade das praias do referido município. Para isto, fez-se um monitoramento bimestral com o levantamento de sete perfis topográficos associados a coletas de sedimentos nos setores praiais, tais quais a antepraia, o estirâncio e pós-praia (quando houve), entre os meses de julho/2019 e março/2020. Na correlação dos perfis topográficos associados à sedimentologia das amostras, os resultados indicaram que o balanço sedimentar foi positivo (deposicional) em quatro pontos, sendo o perfil praial 4, na praia de Pau Amarelo, onde houve a maior variação com +17,6m3/m. Em outros três perfis, o balanço final foi negativo, sendo o perfil 2 o que obteve a maior variação negativa com -26,4m3/m. A sedimentologia mostrou que aproximadamente 90% das 79 amostras coletadas foram classificadas na fração areia. O perfil 4 apresentou 100% das amostras com assimetria negativa, típica de ambientes praiais, e que, associada a outros parâmetros, podem indicar áreas que estão em processo de erosão. No que se refere ao levantamento da linha de preamar máxima, constatou-se a retrogradação da linha de costa em grande parte da área de estudo, em virtude, sobretudo, da ocupação desordenada no litoral, onde a população busca cada vez mais morar em frente ao mar, realizando, para isso, intervenções antrópicas e invadindo a faixa de praia. Com relação a análise da vulnerabilidade, foram utilizadas duas variáveis: a Costeira e a Continental. De modo geral, os indicadores utilizados revelaram um litoral altamente vulnerável, com aproximadamente 65% da linha de costa apresentando intenso processo erosivo, com a presença de obras de proteção costeira sem uma fundamentação técnica adequada, e/ou em mau estado de conservação. Em 31% da área de estudo, a vulnerabilidade foi classificada como moderada, apresentando em geral uma faixa de praia estreita, vegetação do tipo gramínea e um baixo quantitativo de ocupações. Apenas no extremo norte da área, no pontal da praia de Maria Farinha, representando 4% da área de estudo, a vulnerabilidade foi classificada como baixa. Isto ocorreu, sobretudo, pelo bom suprimento sedimentar na área, acresção da linha de costa, presença de bancos de areia e, principalmente, pela ausência de ocupações. |