Análises das disfunções executivas em pacientes com doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: SOUSA, Indira Silveira Campos
Orientador(a): ATAÍDE JÚNIOR, Luiz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8382
Resumo: Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa progressiva, caracterizada pela presença de tremor, rigidez, bradicinesia, instabilidade postural e sintomas não motores, pouco reconhecidos, como sintomas autonômicos e alterações neuropsicológicas. Objetivo: Estudar as funções executivas em pacientes portadores de Doença de Parkinson. Métodos: A amostra se constituiu de 44 portadores de doença de Parkinson, com idades entre 45 e 75 anos, examinados consecutivamente no Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital Getúlio Vargas e Universidade Federal do Piauí. Somente pacientes que preencheram os critérios de diagnostico para doença de Parkinson foram incluídos. Foram excluídos pacientes com parkinsonismos secundários a outras doenças ou outros tipos de parkinsonismos degenerativos que não preencheram os critérios diagnósticos estabelecidos para DP. Os sujeitos foram avaliados e organizados em três grupos: o Grupo de Parkinson, dividido de acordo com o tempo de início da doença em Grupo DP1 com até 3 (três) anos de diagnóstico e grupo DP2 após 3 (três) anos de diagnóstico. O Grupo controle era composto de acompanhantes ou cônjuges, pareados pela idade. A coleta de dados foi realizada de janeiro de 2008 a fevereiro de 2009. Os sujeitos selecionados foram submetidos à avaliação motora utilizando-se a escala UPDRS; avaliação das funções executivas nas modalidades: Inteligência Fluida (Matrizes Progressivas de Raven), memória operacional (Dígitos Ordem Inversa e Sequência de Letras e Números), controle inibitório (Testes das Trilhas B e Teste Stroop de cores e palavras), planejamento (Cubos e Figura Complexa de Rey) e flexibilidade cognitiva (Seleção de Cartas de Wisconsin). Resultados: Os resultados apontaram diferenças significativas entre os grupos experimentais e controle nos domínios das funções executivas: inteligência fluida, memória operacional, controle inibitório, planejamento e flexibilidade cognitiva. xv Não encontramos evidências de associação entre tremor, rigidez e bradicinesia com as disfunções executivas. Conclusões: Os pacientes com doença de Parkinson, ainda nas fases iniciais da doença apresentam, além das manifestações motoras, comprometimento cognitivo executivo quando comparados com os indivíduos do grupo sem a doença. Os sintomas motores da doença não estavam correlacionados às disfunções executivas