Narrativas jornalísticas na mídia independente: vozes, temáticas e estratégias argumentativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CALADO, Karolina de Almeida
Orientador(a): ROCHA, Heitor Costa Lima da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33434
Resumo: O presente estudo problematiza como as narrativas jornalísticas, oriundas da mídia independente, incluem os temas e as vozes das demandas sociais. Na direção desse problema formulado, objetivamos analisar as estruturas das narrativas jornalísticas presentes nos sites dessa mídia, com o propósito de identificar nos textos a abertura dada às temáticas sociais e à pluralidade de vozes. A partir do modelo de Motta (2013), elencamos as categorias de análise “narradores”, “temáticas” e “personagens” e as aplicamos nos três veículos independentes escolhidos: Agência Pública, Jornalistas Livres e Marco Zero Conteúdo. Para tanto, coletamos 186 conteúdos, no período de março a agosto de 2016, tendo como acontecimento-intriga o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Nossos resultados mostram que os veículos da mídia independente têm uma relação distinta com os ideais de imparcialidade e objetividade; e possuem os seus próprios enquadramentos, visíveis em estratégias utilizadas pelos narradores para gerar efeitos de sentido a partir de recursos linguísticos, inclusão de temáticas e de personagens específicos. Essa evidência aponta para a confirmação da hipótese inicial: a mídia pesquisada, de modo estratégico, procura abordar assuntos não pautados pela grande mídia e insere um número acentuado de personagens que refletem as distintas realidades do Brasil e do mundo. Por fim, ancoramos nossa análise nos seguintes autores que abordam a narrativa jornalística, suas nuances e o modo de fazer um jornalismo ativista, tendo em vista a dimensão cívica do espaço público: Motta (2013), Prudêncio (2009b), Entman (1993), Habermas (1997), Young (2012), Fraser (2002) e Honneth (2003).