Avaliação da atividade leishmanicida do alcalóide milonina frente Leishmania amazonensis e o envolvimento de possíveis mecanismos de ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SANTOS, Gleyka Daisa de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44445
Resumo: As doenças tropicais negligenciadas são consideradas como um problema global de Saúde Pública, afetando cerca de um bilhão de pessoas, principalmente em países subdesenvolvidos e dentre essas se destacam as leishmanioses, doença de Chagas e doença do sono. Os tratamentos atuais contra a leishmaniose são limitados devido à toxicidade inaceitável, altos custos e significativa resistência aos medicamentos utilizados. Logo, tem sido crescente a busca por novos fitoterápicos com atividade potencialmente leishmanicida e com baixa toxicidade. A milonina, um alcaloide encontrado na planta Cissampelos sympodialis Eichl. (Menispermaceae), tem sido pouco estuda quanto as suas atividades farmacológicas, independente de outras atividades já referidas na literatura. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a atividade leishmanicida do alcaloide milonina isolado de C. sympodialis Eichl frente Leishmania (L.) amazonensis e o envolvimento de possíveis mecanismos de ação. Avaliou-se a atividade leishmanicida in vitro da milonina frente às formas promastigotas de L. (L.) amazonensis (MHOM/BR/77/LTB0016) e (LV79). Verificou- se a infecção de macrófagos medulares de BALB/c pelos parasitos. Foi investigada a atividade citotóxica desse alcaloide frente às células Vero, macrófagos RAW e macrófagos medulares de BALB/c. A morfologia das células Vero foi observada após o teste de citotoxicidade. Determinou-se a produção de óxido nítrico (NO) e a avaliação do potencial antioxidante pelo método DPPH. A milonina apresentou atividade leishmanicida frente às formas promastigotas da L. (L.) amazonensis das cepas: MHOM/BR/77/LTB0016 (IC50 = 6,71 μM) e LV79 (IC50 = 3,66 μM). A IC50 da milonina (independente da cepa) reduziu, consideravelmente, o crescimento dos parasitos in vitro, em função do tempo de cultivo. A milonina foi citotóxica para as células Vero a partir da concentração de 250 μM e para os macrófagos medulares BALB/c na concentração de 457,5 μM. Alterações morfológicas nas células Vero foram observadas em função de sua toxicidade. Observou-se um aumento de NO pelos macrófagos expostos a milonina e um elevado potencial antioxidante. O presente estudo descreve pela primeira vez a potencial atividade leishmanicida da milonina contra as formas promastigotas de Leishmania (L.) amazonensis e sugere- se que a milonina pode ser utilizada como um promissor protótipo para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos com atividade leishmanicida, sendo necessários mais estudos para elucidar os possíveis mecanismos de ação desse alcaloide.