Avaliação imunohistoquímica com marcador de citoqueratina de alto peso molecular (34BE12) na caracterização de benignidade em lesões da próstata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Gurgel da Trindade Meira Henriques, Luciana
Orientador(a): do Carmo Carvalho de Abreu-e-Lima, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8932
Resumo: Os carcinomas da próstata são as neoplasias malignas de maior prevalância no sexo masculino. Na última década os progressos na tecnologia de imagem, através da punção-biópsia sob controle ultra-sonográfico e a utilização dos exames bioquímicos para detecção do antígeno prostático específico, tornaram possível o diagnóstico de lesões iniciais, muitas em pacientes mais jovens. Como conseqüência, para o patologista vieram as dificuldades de interpretação de lesões muito pequenas ou histologicamente mal definidas, como a diferenciação entre hiperplasia adenomatosa atípica e adenocarcinoma bem diferenciado. Termos como proliferação de pequenas glândulas de significado incerto passaram a ser utilizados para as lesões duvidosas, requerendo progredir na investigação. A literatura tem demonstrado que a imunomarcação pelo anticorpo monoclonal anti-citoqueratina de alto peso molecular (34βE12) é útil na confirmação de benignidade pela demonstração da camada de células basais. Em nosso meio esse marcador tem sido pouco utilizado. O estudo em tela visa analisar os primeiros resultados do método no Departamento de Patologia do Hospital de Câncer de Pernambuco. A partir dos arquivos deste serviço, foram selecionados 20 casos de um total de 172 registrados entre junho de 1997 e março de 2002. Esses casos constituiram dois grupos, o primeiro formado por dez casos com diagnóstico de hiperplasia nodular benigna da próstata e o segundo por dez casos de adenocarcinoma prostático. Cada grupo incluiu 20 espécimes, dez obtidos por punção-biópsia e dez por ressecção cirúrgica, constituindo 40 amostras para revisão histológica e realização do exame imunohistoquímico. A imunomarcação demonstrou a camada de células basais em todas as lesòes benignas tanto no material de punção-biópsia (10/10), como nas peças cirúrgicas (10/10) revelando 100% de positividade. Nos casos de adenocarcinoma, não houve demonstração da camada de células basais, tanto no material de punção-biópsia (10/10) quanto no de prostatectomia (10/10), resultando em 100% de negatividade. Os resultados confirmam os dados da literatura quanto à acurácia do método na confirmação da existência da camada de células basais, sendo recomendável no esclarecimento de lesões duvidosas para exclusão de malignidade