Perspectivas pós-estruturalistas na ressignificação de uma estrutura em crise: [re]discutindo concepções, relações e práticas no campo do Empreendedorismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: CORDEIRO, Adriana Tenório
Orientador(a): MELLO, Sérgio Carvalho Benício de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1061
Resumo: A noção de desenvolvimento vinculada à idéia de crescimento econômico destaca o Empreendedorismo como condição principal para o desenvolvimento. A articulação de demandas coletivas é contemplada por um empreendedorismo social que adota estratégias para assimilar novas demandas, de caráter social, de forma que sejam percebidas como meios válidos para reforçar os valores e ideais hegemônicos. Contudo, nas novas formas de identificação coletiva e de pensamento, encontramos um espaço investigativo do modo como uma luta (contra)hegemônica se organiza para desestabilizar significados que antes pareciam fixados. Diante da rede de mudanças havidas nos padrões de produção e consumo, no Estado, na difusão cultural pós-Segunda Guerra Mundial, e no meio-ambiente, uma pluralidade de lutas vem sendo articulada de maneira inédita, expressando resistência e alternativas à exploração capitalistas e seus efeitos. Um descentramento crítico abre caminho para uma nova lógica do social à medida que as práticas sociais articulam e contestam determinados discursos. Segundo uma perspectiva pós-estruturalista, o sujeito empreendedor articula um espaço representativo alternativo. Uma lógica relacional diferenciada é evidenciada no caráter construtivo deste sujeito, destacando-se a identificação com valores de uma coletividade, um discurso que direciona o sentido da ação cooperativa. A sustentabilidade é evidenciada como elemento plural que reorganiza padrões produtivos e de consumo e subordina a técnica aos sujeitos sociais. Quando formações culturais entram em contradição com lógicas políticaseconômicas que tentam refuncionalizá-las para exploração, elementos culturais que por si só não possuem conotações políticas necessárias são articulados num discurso alternativo e o desenvolvimento enquanto projeto político é articulado em relações equivalenciais em oposição a uma estrutura repressiva