Desafios da gestão dos parques urbanos de Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: MENESES, Ana Raquel Santos de
Orientador(a): MONTEIRO, Circe Maria Gama
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33408
Resumo: Os parques urbanos de Recife vêm passando por um período de grande demanda por parte da população, que apesar de ver nestes espaços lugares de lazer e relaxamento, encontram desafios para a sua utilização que vão desde a segurança até a dificuldade de acesso. Além disso, diferenças significativas na quantidade de usuários dos poucos parques da cidade sugerem diferentes formas de gestão e provisão deste serviço público. Parcelas do espaço público reconhecidas não apenas como equipamentos destinados ao lazer e à regeneração ou conservação da saúde, mas ainda como espaços fundamentais para o equilíbrio ambiental das áreas urbanas, estes espaços vêm reforçando cada vez mais a sua importância na composição dos ambientes urbanos que têm por objetivo proporcionar uma boa qualidade de vida a seus usuários. Este cenário tem imposto aos órgãos gestores a necessidade de adaptação às demandas provenientes destas novas dinâmicas. Além disso, a crescente consciência da população com relação ao espaço público, que vê neste cada vez mais um espaço da coletividade, tem aumentado as cobranças por sua melhor qualidade, manutenção e acessibilidade. No entanto, como outras cidades brasileiras, um período marcado por redirecionamento nas diretrizes de planejamento e construção das cidades, e por políticas públicas seccionadas resultou no desprestígio dos parques urbanos tanto pelos órgãos gestores como pela população. Também os órgãos gestores, com formatos e procedimentos definidos por diversas e sucessivas adaptações, tem sido tomados pelas urgências do cotidiano e, aparentemente sem espaço para reestruturações ou avaliações mais aprofundadas das demandas, processos e resultados, seguem com processos que muitas vezes se distanciam da realidade local. Nesse sentido, este trabalho se propõe a auxiliar os órgãos gestores dos parques urbanos de Recife na identificação dos principais entraves e demandas da gestão destes espaços a partir da construção de um modelo de análise baseado na avaliação do grau de satisfação dos usuários. Além disso, a verificação do alinhamento entre as avaliações dos usuários e dos gestores e a descrição da estrutura e dos processos de gestão baseada no depoimento dos próprios gestores apóiam a identificação de possíveis dificuldades. Os dados coletados com usuários de três parques de Recife demonstraram tanto as diferenças nos perfis de usuários como os contrastes na avaliação de diversos aspectos dos parques, mostrando que ainda que com estruturas físicas e de gestão similares, os resultados da gestão não se equiparam. As comparações entre avaliações de usuários e gestores demonstram o desalinhamento de percepções, enquanto que a pesquisa sobre os processos e atores envolvidos na gestão revelaram um sistema excessivamente segmentado e distanciado da população.