Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Marques Dantas de Oliveira, Silvia |
Orientador(a): |
de Lourdes Meira Cordeiro, Rosineide |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9533
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Resumo: |
A literatura recente do Serviço Social considera que a gênese da profissão é a ques-tão social. Em 1996, a questão social foi estatuída como seu objeto. O contato com a literatura sobre a questão social e sobre a questão de gênero durante o Mestra-do de Serviço Social instigou a pesquisadora a indagar se a questão social en-quanto categoria de análise daria conta para explicar as desigualdades e diferen-ças vivenciadas pelas mulheres e anunciadas pelo Movimento Feminista, tal como explica as desigualdades de classe. A literatura produzida pelo Serviço Social sobre a questão social tem como enfoque a teoria crítica marxista, centrada na contradição fundamental capital-trabalho. Por outro lado, a literatura produzida pelas assistentes sociais que desenvolvem pesquisas sobre mulheres e/ou gênero, em geral, definem que gênero, classe e raça/etnia são contradições fundantes da sociedade. A leitura desta literatura provocou uma nova indagação: será que há um contínuo entre as categorias analíticas gênero e questão social, ao ponto de justapor um conceito ao outro? O objetivo desta investigação foi, então, analisar as descontinuidades, conti-nuidades e contradições que a categoria de gênero produz no objeto da profissão a questão social e como elas se operam nos discursos das assistentes sociais fe-ministas acadêmicas. Para a consecução deste objetivo foi feito: a) um estudo sobre o aparecimento da questão social no Serviço Social; b) uma análise sobre o momen-to em que a questão social foi estatuída pelo Serviço Social, ressaltando suas conti-nuidades e descontinuidades discursivas; c) um estudo sobre as teorias feministas e a produção acadêmica das assistentes sociais sobre mulheres e/ou gênero, divulga-da no VIII e no IX Congresso Brasileiro de Serviço Social, realizados em 1995 e 1998, respectivamente, período em que a questão social foi estatuída pelo Serviço Social; e, finalmente, d) com base nestes estudos, foram realizadas entrevistas com assistentes sociais feministas que desenvolvem estudos e pesquisas sobre mulher e/ou gênero, com o objetivo de conhecer que descontinuidades, contradições e con-tinuidades aparecem quando elas utilizam estes dois enunciados: gênero e questão social. Cada um destes aspectos da pesquisa foi analisado, respectivamente, em quatro capítulos. Para empreender estas reflexões utilizam-se o conceito de enun-ciado de Michel Foucault (1995). Este autor define que um enunciado não é uma proposição, é uma função que, ao aparecer, estabelece correlações de forças entre objetos discursivos, institui diferenças, continuidades e descontinuidades nos discur-sos. A pesquisa revelou que tanto há descontinuidades quanto continuidades no diá-logo entre gênero e questão social. A descontinuidade mais relevante refere-se à disputa pelo reconhecimento e legitimidade das demandas feministas no campo de atuação do Serviço Social. Por outro lado, a continuidade mais relevante refere-se à garantia de um posicionamento ético-político do Serviço Social contra as desigual-dades de classe, gênero e raça/etnia |