Zoneamento climático do morangueiro em Pernambuco e uso de liquens no seu cultivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Coelho Júnior, José Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10652
Resumo: A cultura do morangueiro apresenta alta rentabilidade e alta demanda de mão de obra, pois requer cuidados especiais para evitar problemas fitossanitários. Por isso, seu cultivo é caracterizado pelo uso indiscriminado de fertilizantes e agrotóxicos, o que leva os pesquisadores a buscar alternativas mais naturais para a melhoria das condições edáficas do solo, e diminuição do uso de químicos. Nesse contexto, os liquens podem ser uma alternativa viável, visto suas propriedades na modificação da composição química do solo, além da ação antimicrobiana e inseticida de suas substâncias. Neste trabalho objetivou-se avaliar as propriedades dos compostos produzidos pelos liquens Cladonia verticillaris e C. salzmannii na melhoria da qualidade dos pseudofrutos do morangueiro, desenvolvimento da planta e sistema radicular, e das propriedades químicas do solo, além de indicar locais aptos ao cultivo do morangueiro em Pernambuco. Foram testadas 8 cultivares de morangueiro com 8 repetições. Avaliou-se a emissão de estolhos e produtividade para a seleção da cultivar mais adaptada ao clima quente e úmido. Em seguida, a cultivar selecionada foi submetida a ensaios em casa de vegetação com 60 mudas distribuídas em função dos tratamentos com C. verticillaris (20), C. salzmannii (20) e controle (20). As estimativas de produtividade de todos os tratamentos estiveram abaixo da média nacional para o cultivo do morangueiro, fator que se deve ao plantio em época quente. O uso dos liquens no cultivo do morangueiro aumentou os sólidos solúveis e teor de ácido ascórbico do pseudofruto, a taxa fotossintética da planta, proporcionou melhoria na disponibilidade de fósforo e potássio no solo e, diminuiu incidência de fungos. Com base nos dados de temperatura e altitude do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande, foi gerado um mapa de municípios com potencial, onde foram determinados locais e épocas adequadas para o cultivo em Pernambuco. O município de Poção demonstrou-se uma excelente alternativa para o cultivo do morangueiro entre os meses de junho a outubro. Caetés, Garanhuns, Jucati, Paranatama, Saloá, Taquaritinga do Norte e Triunfo apresentaram-se como municípios de médio potencial para o cultivo de julho a agosto, exceto Triunfo que se estende até setembro.