Prevalência de alergia alimentar em pré-escolares de Limoeiro - PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CORREIA, José André da Silva
Orientador(a): SARINHO, Emanuel Sávio Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38832
Resumo: A prevalência das doenças alérgicas tem elevado nas últimas décadas, em especial nas sociedades ocidentais, tendo a alergia alimentar contribuído em grande parte para este fenômeno. Tal cenário pode gerar prejuízos nutricionais para a saúde dos indivíduos, advindos de restrições alimentares impostas sem orientação adequada. A despeito disso, há uma escassez de dados epidemiológicos acerca de alergia alimentar no mundo inteiro. Esta dificuldade provém da falta de homogeneidade quanto à coleta dos dados, além dos diversos critérios estabelecidos em cada pesquisa, com uso de instrumentos de avaliação pouco confiáveis e da complexidade intrínseca à temática em questão. O uso de questionários e formulários se apresenta como forma facilitadora da operacionalização e da redução dos gastos da pesquisa. Para o uso desta ferramenta, entretanto, é importante que exista confiabilidade nos dados coletados. O trabalho objetivou verificar a prevalência de alergia alimentar em pré-escolares em Limoeiro-PE, através da realização de estudo transversal, com pré-escolares com idade entre 2 anos completos e 6 anos incompletos. Foram selecionados para responderem aos questionários de triagem todos os cuidadores de pré-escolares matriculados em escolas municipais na zona urbana do município entre março e junho de 2019 (total de 619). Houve aplicação complementar de triagem com 151 questionários respondidos por cuidadores nas ruas do município. Para o grupo que respondeu positivamente ao questionário de triagem, foi realizado preenchimento de um segundo questionário mais detalhado (previamente validado) na presença do pesquisador. Do total de 770 questionários entregues, 412 (53,51%) foram preenchidos e devolvidos. Entre os 47 (11,41%) questionários com resposta positiva para alergia alimentar, apenas 29 (7,04%) identificaram alimento. Os questionários de triagem resultaram em maior frequência de alergia relatada em meninas (p = 0,028) e em primogênitos (p = 0,278). Os alimentos mais incriminados foram camarão, marisco, carne de porco e leite. Dos 29 que identificaram um ou mais alimentos, 22 responderam ao formulário detalhado, resultando em 4 (0,97%) positivos. Destes, dois foram descartados, restando 2 casos (0,48%) prováveis de alergia alimentar. A prevalência de alergia alimentar relatada encontrada foi menor que a descrita em estudos prévios. Os alimentos mais referidos foram camarão, carne de porco e marisco, e houve maior relato de alergia a múltiplos alimentos, mesmo em crianças não expostas, o que destaca a relevância do peso cultural nas repostas encontradas. O baixo percentual encontrado após questionário detalhado e testes confirmatórios ratifica a baixa prevalência de alergia alimentar confirmada em pré-escolares encontrada em alguns estudos anteriores.