Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
BARBOZA, Maria José |
Orientador(a): |
BARBOSA, Bartira Ferraz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Historia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16828
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Resumo: |
O século XIX foi marcado por grandes transformações econômicas, políticas e sociais. Um século heterogêneo, chamado o século das “ideias em movimento”, produziu no cenário político e intelectual, representações que se inserem nos projetos de construção de uma nacionalidade brasileira. Entre as representações criadas no cenário político imperial estava a formação para o trabalho livre associada aos discursos sobre a extinção dos aldeamentos indígenas, terras e agricultura. Constituindo um emaranhado de ideias, onde encontramos a fusão dos termos catequese e civilização, conceitos que estão intrinsicamente relacionados à ação missionária capuchinha, que por meio da atividade catequética realizavam a “civilização” e “moralização” dos índios. Catequizar e civilizar os índios no Segundo Reinado compreendia transformar índios em braços livres para atender as necessidades da agricultura – principal riqueza econômica do país. Desse modo, a política indigenista no século XIX, buscou integrar os povos indígenas à sociedade nacional, tentando impor aos nativos os modos de vida europeus. No século XIX a política indigenista aconteceu por meio da Lei de Terras de 1850 e do discurso político sobre o desaparecimento dos índios, tendo como um dos objetivos o controle das terras indígenas e a transformação dos índios em trabalhadores assalariados em substituição a mão de obra escrava em vias de extinção. Na província de Pernambuco, essa política negou a identidade indígena, justificando a extinção dos aldeamentos e transformando índios em trabalhadores assalariados em fazendas da região. O presente estudo não se restringiu apenas a análise da política indigenista oitocentista, procurou mostrar que os índios não foram convertidos ou civilizados nos moldes esperados pelos religiosos e políticos do Império. Considerando o processo de desafios e trocas culturais entre índios e não índios, no qual as populações indígenas transformaram e rearticularam seus valores e tradições se adaptando as condições colocadas pela sociedade da época. Desafios e rearticulações que podem ser percebidas nas entrelinhas da documentação analisada, que nos possibilita perceber as ações indígenas de resistência. |