Exportação concluída — 

Sintomas depressivos e ansiosos persistentes após 6 meses da Covid-19 em Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: VIANA NETO, Cláudio Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54178
Resumo: Introdução: Desde os primeiros meses da pandemia da Covid-19, houve a percepção de que a infecção não se restringia ao sistema respiratório. Através do aumento número de pessoas infectadas em todo o mundo e a presença de sequelas após o período agudo da doença, tal fato se tornou mais compreensível. Um corpo substancial de estudos comprovou que a Covid-19 é uma doença multissistêmica, sendo as sequelas psiquiátricas uma das que mais preocupavam pelo número de pessoas com transtornos mentais após período agudo da infecção. No entanto, a maioria dos estudos publicados eram de transtornos psiquiátricos em um período entre 4 a 12 semanas após o diagnóstico, sem especificar a questão da cronicidade dos sintomas. Objetivo: Dessa forma, este trabalho objetivou identificar se sintomas ansiosos e depressivos persistiriam após mais de 6 meses do diagnóstico da Covid-19. Métodos: Estudo transversal em que foram avaliados 20 pacientes de dois hospitais públicos do Recife no Nordeste do Brasil. Os pacientes responderam um questionário com instrumentos de avaliação psiquiátrica, que identificava a presença de sintomas ansiosos, depressivos e os risco de suicídio durante a fase crônica da Covid-19. Resultados: Considerando a pontuação geral dos instrumentos GAD-7 e PHQ-9, identificamos que 9(45%) dos indivíduos apresentaram ansiedade e 10(50%) mostraram depressão. Além disso, através da verificação de cada sintoma, observou-se pelo GAD-7, que 10 dos indivíduos responderam positivamente para o sintoma “sentir-se nervoso (a), ansioso ou muito tenso(a)” entre 10 a 12 meses, enquanto apenas 2 deles apresentavam o sintoma entre 7- 9 meses do diagnóstico. Conclusões: Este trabalho mostrou a persistência dos sintomas ansiosos e depressivos após mais de 6 meses do diagnóstico da Covid-19. Considerando que tivemos altas taxas de infecção no Brasil, é necessário mensurar o impacto dessas sequelas na população, a fim de que ocorra o seguimento adequado dessas pessoas.