Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Danielly Cantarelli de |
Orientador(a): |
Castro, Célia M. M. Barbosa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11637
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Resumo: |
Introdução: É comum a associação de esquistossomose mansônica com desnutrição, uma vez que populações com baixo padrão socioeconômico habitam regiões endêmicas. Estudos sugerem que deficiências nutricionais podem estar relacionadas com a supressão da resposta imunológica em animais infectados por S. mansoni. Quando imposta no período crítico da lactação, a desnutrição é um agente estressor indutor de alterações tardias na resposta imunológica, implicada em diversas modificações fisiológicas e metabólicas, relacionadas à depressão do sistema imune. A desnutrição também tem sido considerada na patogênese da translocação bacteriana (TB), por promover aumento da permeabilidade e diminuição das enzimas intestinais. Estudos têm relatado uma maior ocorrência de TB em animais infectados por S. mansoni, quando comparados a animais sem infecção, contudo conhecimentos imunológicos acerca da relação são escassos. Objetivo: Investigou-se a associação entre os níveis de IFN- γ e IL-10 e a ocorrência de translocação bacteriana, em camundongos submetidos à desnutrição neonatal. Métodos: Camundongos fêmeas Swiss webster (n=32) foram divididos, no período de aleitamento, em 2 grupos: Nutrido (N) e Desnutrido (D) – amamentados por mães alimentadas com dieta contendo 17% e 8% de proteína à base de caseína, respectivamente. Aos 35-45 dias de vida, 8 animais de cada grupo foram infectados com, em média, 30 cercárias de S. mansoni, constituindo os grupos: Nutrido Infectado (NI), Nutrido Não Infectado (NNI), Desnutrido Infectado (DI) e Desnutrido Não Infectado (DNI). O peso corporal (PC) dos animais foi mensurado diariamente no período de aleitamento e semanalmente a partir do 22º dia. 45 dias após a exposição cercariana, foi realizada a confirmação da infecção pelo método de Kato-katz. Aos 161 dias de vida, os animais foram eutanasiados para coleta de amostras biológicas. Coletou-se sangue cardíaco para contagem total (CT) e diferencial de leucócitos. Para estudo da translocação bacteriana (TB), foram coletados sangue periférico, sangue portal, baço, fígado, linfonodos mesentéricos e fezes da região média do intestino delgado. Realizou-se cultura de células esplênicas para dosagem de IFN-γ e IL-10 no sobrenadante, através de ensaio imunoenzimático – ELISA. Resultados: Os animais do grupo D apresentaram um menor ganho de PC em relação ao grupo N a partir do 4º dia, diferença observada durante todo o período experimental. Verificou-se um maior índice de TB nos animais infectados, comparando-os aos não infectados. Entre os infectados, houve tendência a uma maior incidência de TB no grupo D comparado ao N, entretanto, a diferença não foi significativa. Os isolados bacterianos responsáveis pela TB em animais nutridos foram Bacillus sp., Citrobacter freundii, Enterococcus faecalis, Proteus rettgeri e Staphylococcus saprophyticus. Nos animais desnutridos, foram encontrados Bacillus sp., Corynebacterium sp., Enterococcus faecalis, Serratia liquefaciens, Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativa e Staphylococcus saprophyticus. Foi observada uma menor produção de IFN-γ no grupo DI, comparado ao NI. Os níveis de IL-10 foram mais elevados no grupo NI, em relação ao grupo DI. A CT de leucócitos mostrou-se elevada nos grupos infectados, quando comparados aos controles. Os números de neutrófilos e monócitos foram maiores nos grupos NI e DI, quando comparados aos grupos NNI e DNI, respectivamente. Os valores de linfócitos mostraram-se aumentados no grupo DI, comparado ao DNI. Conclusões: A desnutrição modifica a resposta imune e pode favorecer translocação bacteriana em camundongos infectados por S. mansoni. |