Uso da tomografia de impedância elétrica na avaliação dos efeitos da ventilação não-invasiva na ventilação e aeração pulmonar no pós-operatório de cirurgia cardíaca: ensaio clínico controlado e randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: NOVAES, Alita Paula Lopes de
Orientador(a): BRANDÃO, Daniella Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30643
Resumo: Esta dissertação está estruturada sob a forma de dois artigos, um ensaio clínico controlado e randomizado e um estudo de caso. O objetivo do primeiro artigo foi comparar os efeitos da ventilação não-invasiva com os da oxigenoterapia na ventilação e aeração pulmonar em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Trata-se de um ensaio clínico controlado e randomizado, onde os pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca foram alocados em dois grupos: um grupo que realizou a ventilação não-invasiva (VNI) e um grupo que realizou a oxigenoterapia, todos com início logo após a extubação. Foi realizada uma avaliação da aeração e distribuição da ventilação pulmonar através da Tomografia de Impedância Elétrica (TIE) e avaliação da gasometria arterial. A Tomografia de Impedância Elétrica foi realizada cinco minutos antes da extubação, cinco minutos após extubação, durante a intervenção e até 2 horas após a extubação. A gasometria arterial foi realizada antes da extubação e 2 horas após a extubação. Durante a VNI foi observada maior aeração pulmonar global e posterior (ΔEELZ global e dorsal), porém após a VNI não houve manutenção da melhora da aeração. Durante a VNI também houve maior ventilação pulmonar (variação de impedância -ΔZ) em concordância com o aumento do volume corrente, assim como maior parte dos pacientes mantiveram maior ventilação dorsal do pulmão. Além disso, houve melhora do índice PaO2/FiO2 no grupo VNI após a intervenção. O segundo artigo foi um estudo de caso, que teve o objetivo de avaliar o efeito da respiração espontânea na reversão da atelectasia através da análise da TIE. Um paciente no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca foi admitido intubado e ainda sob efeito de sedação na unidade de terapia intensiva, e logo foi observada uma distribuição heterogênea da ventilação, com predominância significativa da ventilação no pulmão direito, sugerindo atelectasia no pulmão esquerdo. No momento em que o paciente despertou e estava sendo ventilado em teste de respiração espontânea, observou-se melhora significativa da distribuição da ventilação. Esse comportamento pode ter sido atribuído a uma maior atividade diafragmática através da respiração espontânea, possibilitando uma distribuição da ventilação mais homogênea.