O narratário: um estudo de seu papel na construção de João Vêncio: os seus amores, de José Luandino Vieira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Gomes Dos Santos, Joelma
Orientador(a): Márcio Tenório Vieira, Anco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7547
Resumo: Investigamos, por meio deste texto, o papel do narratário na construção da narrativa João Vêncio: os seus amores, de autoria do ficcionista angolano José Luandino Vieira. Procuramos observar também como o estudo de um elemento estrutural ― o narratário ―, dos sinais dirigidos a ele e de suas relações com as personagens pode nos conduzir a uma caracterização mais vasta do romance, e, fundamentalmente, da personagemnarrador João Vêncio. Para situarnos no contexto da literatura angolana e na produção de Vieira, utilizamonos das contribuições dos críticos Laban (1980), Ervedosa (1979), Chaves (1999), Hamilton (1975) e Trigo (1977). Para uma observação do experimentalismo empregado na obra do angolano e um olhar sobre aspectos de sua escritura, como a presença da oralidade, o plurilingüismo, as influências e o estilo, tomaremos como base um instrumental oferecido também pela Lingüística, no qual Bakhtin (1997) e Quintão (1934) serão úteis. Não deixando de lado a presença dos temas na obra do ficcionista estudado, como, por exemplo, a crítica ao colonialismo e a luta pela libertação do povo angolano, valemonos de Kaiser (1958). Para problematizar as questões referentes aos conceitos de mimesis, ficção, realidade e suas relações com a sociedade e a História contaremos com o pensamento de Lima (2006). Como instrumental da Narratologia utilizamos de forma problematizadora e não apenas para identificar elementos, contribuições de teóricos como Adam & Revaz (1997), RimonKenan (1987), Scholes & Kellogg (1977). Particularmente sobre a questão do narratário baseamonos em Prince (1973), Bourneuf & Ouellet (1981), Reuter (1996), Jouve (2002), et al. A partir da análise do romance estudado, foi possível observar como o narratário, do mesmo modo que seu narrador, deve ser considerado elemento ativo em uma narrativa; e de modo especial, componente influenciador na forma e no conteúdo de uma narrativa literária