Repercussões do tratamento neonatal com ácido fólico na paralisia cerebral : um estudo experimental
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35575 |
Resumo: | A paralisia cerebral (PC) é um distúrbio neurológico não progressivo ocorrido durante o desenvolvimento cerebral, que modifica as funções motoras e retarda o crescimento somático e a maturação dos reflexos. Tem uma prevalência global de 2,1 crianças a cada mil nascidos vivos, sendo maior nos países subdesenvolvidos. Comumente crianças com PC apresentam desnutrição, e o ácido fólico, uma vitamina que faz parte do complexo B, atua em várias reações fisiológicas, incluindo a formação de novas células, a formação de neurotransmissores e a síntese e reparo da mielina. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da suplementação pósnatal de ácido fólico sobre a maturação somática, ontogênese dos reflexos e morfologia cortical de ratos submetidos ao modelo experimental de paralisia cerebral. O estudo experimental utilizou 63 ratos machos Wistar distribuídos entre os seguintes grupos: Controle Salina (n=14), Controle Ácido Fólico (n=15), Paralisia Cerebral Salina (n=17), Paralisia Cerebral Ácido Fólico (n=17). A suplementação com ácido fólico foi realizada do primeiro ao 21º dia pós-natal, por via subcutânea no dorso do animal, utilizando uma dose de 5 mg/kg de peso corporal. Animais salina receberam solução de Cloreto de Sódio (NaCl) a 0,9% também subcutaneamente. A quantidade aplicada de salina/ácido fólico foi de 10 μl/g de peso corporal. O crescimento somático foi avaliado no 1º dia e a partir do 3º dia foi reavaliado com intervalo de 3 dias até o 21º dia. A maturação das características físicas e a ontogênese dos reflexos foram avaliadas diariamente até sua completa maturação. No 29º dia, os animais foram eutanasiados e o encéfalo removido para análise histológica dos córtices S1 e M1. A comparação das médias foi realizada pelos testes ANOVA Two Way e Kruskal-Wallis e p<0,05. A paralisia cerebral, comparando com animais controle, reduziu o peso corporal e o crescimento somático, bem como causou a abertura tardia do canal auditivo e dos olhos e atraso nos reflexos de queda livre, geotaxia negativa e resposta ao susto, sem a influência da suplementação de ácido fólico em qualquer um destes parâmetros analisados. No entanto, em animais com paralisia cerebral, a suplementação com ácido fólico aumentou o número de células gliais no córtex S1 e no córtex M1 houve aumento do número de neurônios e células gliais comparando com animais com PC não suplementados. Os dados sugerem que a suplementação de ácido fólico no período pós-natal, na paralisia cerebral experimental, parece exercer mais efeitos após o período de lactação, aumentando o número de neurônios e/ou células gliais na análise histológica do córtex cerebral, correspondendo ao período de melhoria e maturação dos circuitos neurais nestes animais. |